O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse nesta quinta-feira (3) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que manterá a urgência constitucional para os quatro projetos de lei sobre o marco regulatório do pré-sal. "Até o momento que participei da reunião, ninguém havia pedido a Lula para tirar a urgência constitucional. Mas o presidente se antecipou e reafirmou que manterá a urgência", disse o senador petista. Com a urgência, os projetos do pré-sal terão 45 dias para tramitar na Câmara e mais 45 para passar pelo Senado. Caso contrário, passarão a trancar a pauta.
No último domingo, o governador de São Paulo, José Serra, pediu a Lula para retirar a urgência, de modo a permitir que os projetos sejam melhor negociados no Congresso. No primeiro momento, o governo sinalizou que retiraria a urgência mas, na segunda-feira, a pedido dos líderes dos partidos aliados, Lula recolocou a exigência. De lá para cá, porém, cresceram as pressões no Congresso, inclusive por parte do PMDB, para que a urgência caísse.
Ao deixar a reunião antes do encontro de líderes terminar no Centro Cultural Banco do Brasil, sede provisória da Presidência da República, Mercadante afirmou que o governo não quer fazer uso eleitoral do pré-sal. "Se fosse para fazer uso eleitoral era mais fácil já ter licitado as áreas para ficar com o dinheiro em caixa e gastar no ano das eleições", afirmou.
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