A turbulência dos últimos dias gerou perdas de pelo menos US$ 4,4 trilhões nas bolsas dos principais mercados e marca a pior semana para o sistema financeiro em três anos. O temor de um default norte-americano, que se confirmou apenas na noite de sexta-feira, e depois a ameaça de uma nova recessão mundial gerou a pior semana para os mercados acionários desde a quebra do Lehmann Brothers, em 2008, quando foi deflagrada a crise financeira global.

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Só nos Estados Unidos, a perda foi de cerca de US$ 1,8 trilhão no valor de ações, segundo cálculos da Bloomberg. Londres teve a quinta pior semana de sua história e a pior desde setembro de 2008. Pela primeira vez a Bolsa de Paris completou dez dias de queda. O Brasil também foi afetado. Na quinta-feira, a Bovespa registrou o pior resultado entre as 20 maiores bolsas do mundo.

Mesmo a bolsa da maior economia da Europa, a Alemanha, não ficou imune. As ações alemãs sofreram oito dias de quedas consecutivas o pior resultado desde 1993. Na semana, as perdas foram de 12%. Desde maio, quando Frankfurt atingiu seu pico, as perdas já são de 17%.

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A Bolsa em Londres fechou a semana com uma perda acumulada de 10% e prejuízo de 149 bilhões de libras esterlinas. A semana foi a quinta pior na história da bolsa britânica. Essa foi também a primeira vez que Londres registrou três dias de quedas acentuadas desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008. Na França, Paris chegou a semana com 10,9% de perdas.

Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, perdeu quase US$ 8 bilhões em apenas cinco dias. Seu portfólio perdeu 11% desde 29 de julho. A bolsa mexicana nesse período perdeu 7,4%, afetada pelas preocupações em relação à economia americana. Sua principal empresa, a America Movil, perdeu 6,9% nesta semana. No ano, a queda chega a 21%. Três de suas empresas serão retiradas da bolsa do México.

De uma forma geral, os bancos foram os mais prejudicados. Na Itália, as ações do Unicredit chegaram a ser suspensa da bolsa diante de suas perdas No Reino Unido, as ações do Royal Bank of Scotland sofreram perdas de 12%, depois que o banco divulgou prejuízos de mais de US$ 1 bilhão no primeiro semestre diante de sua exposição na Grécia. As perdas refletem nas contas do governo, já que 83% das ações do banco está nas mãos do Estado, que foi obrigado a resgatá-lo em 2008. Já o banco Dexia teve a maior perda de sua história: prejuízo de US$ 4 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.