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O governo da Argentina afirmou nesta sexta-feira (18) que tem garantido o fornecimento de gás natural liquefeito (GNL), mesmo com o cancelamento dos contratos de envio do combustível da espanhola Repsol para a estatal Enarsa.

Em comunicado, o Ministério de Planejamento informou que as remessas da Repsol serão substituídas por outras quatro empresas a preços similares aos pagos por outros países da região, como o Chile. Para a pasta, chefiada por Julio de Vido, o governo argentino "já sabia que a petroleira não cumpriria com os contratos".

"Todas as remessas de gás natural liquefeito (GNL) firmadas com a Repsol foram substituídas porque sabíamos que, como sempre, não iriam cumprir [os contratos], da mesma forma que fizeram durante os anos que controlaram a YPF", afirmou o porta-voz do Ministério, Horacio Mizrahi.

Mais cedo, a Repsol rescindiu seu contrato de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) ao país por descumprimentos por parte da companhia estatal Enarsa.

"Rescindimos o contrato porque a Enarsa está descumprindo os termos do contrato", afirmou o porta-voz Kristian Rix. "A empresa argentina tem feito uma série de descumprimentos, como falta de pagamentos, e não temos nenhuma confiança de que ela irá respeitar o restante dos termos", disse.

A paralisação da venda de gás acontece dias após o governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner ter expropriado as ações da Repsol na petroleira argentina YPF. Com a medida, a empresa espanhola perdeu a participação no comércio de derivados de petróleo e de gás liquefeito de petróleo (GLP), usado para botijões.

No entanto, a empresa continuou fornecendo gás natural liquefeito, usado para ser transformado em gás natural encanado e gás natural veicular. Com a compra, a Argentina tem o fornecimento reduzido do insumo, que é usado para aquecimento em diversas cidades do país e abastecimento de carros.

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