O ministro das Finanças de Chipre, Michael Sarris, disse nesta terça-feira (26) que seria um desastre se a ilha do Mediterrâneo saísse da zona do euro. A permanência na moeda única foi garantida após um resgate de 10 bilhões de euros (R$ 26 bilhões). Para obter a ajuda financeira exigida pelos credores, o país foi obrigado a economizar 5,8 bilhões de euros (R$ 15 bilhões). Desse valor, a maioria virá do confisco dos depósitos acima de 100 mil euros de todos os bancos do país. Mais cedo, o ministro estimou que estes investidores perderão cerca de 40% do dinheiro aplicado.

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As medidas sugeridas pelos credores -União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e FMI (Fundo Monetário Internacional)- causaram corrida aos bancos e protestos de moradores contra as entidades e os países que a controlam, em especial a Alemanha.

De modo a evitar a fuga de capitais, o governo decretou feriado bancário, que está em seu 11º dia. O governo limitou os saques nos caixas eletrônicos a 100 euros (R$ 260) e reforçou a segurança nas agências da capital Nicósia para evitar atos violentos.

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Em entrevista, Sarris disse que nem considera a possibilidade de sair da moeda única, o que também significaria o rompimento com a União Europeia. Sobre a abertura dos bancos, o ministro disse que o governo estabelecerá controles às movimentações de capital para evitar a fuga em massa de recursos.

Ele afirmou que as restrições serão maiores nos dois principais bancos do país -o Banco de Chipre e o Laiki Bank- e continuarão até o sistema bancário se estabilizar. No acordo para o resgate, o Laiki Bank será fechado e seus depósitos serão incorporados pelo Banco de Chipre, que receberá uma intervenção.