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Petróleo

Novas áreas precisam de novo marco regulatório, diz Gabrielli

Segundo Gabrielli, por não se conhecer devidamente a camada de pré-sal, a área deve ser tratada de forma diferenciada | Márcia Kalume/Agência Senado
Segundo Gabrielli, por não se conhecer devidamente a camada de pré-sal, a área deve ser tratada de forma diferenciada (Foto: Márcia Kalume/Agência Senado)

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, destacou nesta sexta-feira as dificuldades da extração do petróleo na área do pré-sal e admitiu que para as novas áreas sem concessão há a necessidade um novo marco regulatório. O pré-sal é uma camada de reservatórios de petróleo no subsolo que vai do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros. O óleo está em uma área muito profunda, sob uma camada de sal, abaixo do leito marinho.

Em entrevista após participar do lançamento do Programa Petrobras Ambiental, ele lembrou que "para se extrair petróleo é necessário que haja recursos". Para isso, disse o executivo, a Petrobras investiu fortemente o seu valor adicionado. O que restou para os acionistas, tanto governo como investidores privados, foi apenas 6% das riquezas. "Ou seja, 94% foram destinados ao financiamento dos investimentos e também para impostos", disse.

Indagado sobre a possibilidade de a Petrobras vir a investir sozinha no pré-sal, ele lembrou que "são muitos recursos necessários para desenvolver o pré-sal, já que é uma província extremamente grande e o conhecimento que se tem dela é extremamente limitado". "Portanto, dizer quanto se precisa para investir no pré-sal é muito difícil. Nós temos identificação de volumes sobre (o campo de) Tupi e achamos que é possível desenvolver Tupi, dentro do programa que já temos anunciado, com testes previstos para março de 2009". Tupi é considerada uma megarreserva de petróleo, com um volume estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.

Ainda em entrevista, o executivo destacou que "o problema é o que ainda não conhecemos no pré-sal (os blocos sem identificação de volumes) e que devem ser tratados de maneira diferenciada". Ele ainda lembrou que para toda a área do pré-sal que ainda não está sob concessão será necessário o desenvolvimento "de um novo marco regulatório, uma nova situação e novos investidores". A Petrobras, segundo ele, vai incluir em seu plano de investimentos apenas as áreas que possui, "nada mais que isso". "Temos hoje 2.500 projetos em análise", destacou.

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