A Apple apresentou nesta segunda-feira (8) o Music, um aplicativo de música por assinatura que terá, além de um catálogo para ouvir músicas à la carte (o mesmo modelo de Rdio e Spotify), três estações de rádio on-line e uma interface para artistas se comunicarem com os fãs por meio de suas páginas pessoais.
O aplicativo será lançado no dia 30 em cem países, incluindo o Brasil, com versão para computadores Mac e Windows e aparelhos com o iOS, sistema para celulares e tablets da empresa que também teve uma atualização apresentada nesta tarde. Nos EUA, terá mensalidade de US$ 10 (R$ 31). O preço brasileiro não foi anunciado.
Os primeiros três meses serão gratuitos. Um aplicativo para celulares com Android será lançado entre setembro e dezembro, segundo a Apple. O maior diferencial é a parte chamada Connect, na qual os artistas criarão seções que podem ser seguidas, que podem atualizar como se fosse um perfil do Twitter.
Em exemplos demonstrados pela companhia, que fez a apresentação durante a conferência para programadores WWDC, o artista Chris Cornell (das bandas Audioslave e Soundgarden) publicou uma fotografia que mostrava o rascunho da letra de uma canção futura. O conjunto Alabama Shakes pôs o vídeo de um bastidor de uma gravação.
No geral, o Music oferece muito do que já fazem hoje Google, Rdio e Spotify, com um cardápio de 30 milhões de faixas que podem ser ouvidas on-line. O produto é o resultado da aquisição da Beats, em maio de 2014, num negócio que custou à Apple US$ 3 bilhões.
A rádio on-line, intitulada Beats 1, será dividida nas difusões baseadas em Los Angeles, em Nova York e em Londres. O app Music fará o gerenciamento de arquivos nos dispositivos móveis (conteúdo baixado) e, para isso, terá integração com a loja iTunes.
Não será possível acessar o catálogo do Music sem pagar (para além, claro, do chamado período de experimentação). Para não assinantes, só estará disponível a rádio on-line, a visualização da página de artistas e suas postagens.
O mercado de streaming ganhou recentemente outro ator importante além da Apple, com o lançamento do serviço Tidal, promovido por Jay-Z e apoiado por dezenas de artistas, por causa do pagamento maior de royalties.