O conselho da Oi deve comunicar nas próximas horas a aprovação da oferta de compra da Portugal Telecom (PT) pela francesa Altice.

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A operadora francesa fez um lance de 7,4 bilhões (R$ 23,6 bilhões) pelo controle da operadora portuguesa. Não fazem parte da transação os negócios da PT na África que também estão à venda.

A aprovação pela Oi ainda pode ser suspensa caso na assembleia da PT em Portugal os acionistas decidam vetá-la. Mas as chances são pequenas. A reunião deve ocorrer ainda neste ano, a tempo de que a Oi possa fazer uma oferta pela TIM junto com a Vivo e a Claro.

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Acordo

Esse movimento era esperado porque o acordo previa que a oferta só seria feita se a Oi vendesse a PT. A companhia pretende usar o dinheiro para reduzir sua dívida de R$ 47,7 bilhões. Com isso, ganhará fôlego para se capitalizar e, em conjunto com as concorrentes, fazer a oferta pela TIM.

Mas isso não significa que a TIM vá ser fatiada. O negócio depende da aprovação do conselho da Telecom Italia, que, neste momento, tem "carta branca" para avaliar de que forma poderá se consolidar no Brasil. Em vez de vender a TIM, os italianos preferem uma fusão com a Oi. Mas, para isso, querem abrir todas as gavetas da companhia.

Consolidação

A Claro, do bilionário mexicano Carlos Slim, é a operadora que sairia mais fortalecida com o possível fatiamento da TIM Brasil.

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Pelo acordo, a Claro ficaria com 40% da TIM. Os outros 60% serão repartidos entre Vivo (32%) e Oi (28%). Na prática, as três empresas ficam maiores --tanto em clientes quanto em receita.

Esse processo, chamado de consolidação, dá musculatura para as empresas fazerem investimentos mais pesados garantindo margens de lucro. Embora a Claro compre a maior fatia da TIM, a Vivo continuará como líder do mercado porque comprou a GVT recentemente incorporando 4% da receita líquida do setor com a aquisição.

Aval

A fatia de cada operadora na possível divisão da TIM ainda está sujeita a ajustes, mas, ainda segundo apurou a reportagem, eles serão pequenos. O cálculo foi feito de forma a atender as exigências da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

As agências podem impor restrições ou até vetar o negócio caso haja dano à concorrência e ao consumidor.

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Clientes

Caso a TIM seja mesmo fatiada, caberá à Anatel definir de que forma ocorrerá a divisão de clientes. A agência terá de decidir, entre outras questões, se Claro, Vivo e Oi terão de manter as mesmas condições de planos do cliente TIM. Isso para evitar, por exemplo, uma migração em massa, em razão da portabilidade numérica, o que traria problemas para as redes.