A geração de empregos formais veio negativa em maio. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (19), foram fechados 115.599 postos de trabalho no mês passado.
O número informado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o pior para o mês da série histórica, iniciada em 1992, e é a primeira vez que apresenta resultado negativo em maio. No mesmo mês do ano passado, o saldo tinha sido positivo em 58.836 pela série sem ajuste.
A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando os empregadores enviam as informações atualizadas para o governo.
Nesta semana, o ministro Manoel Dias tinha informado que o número de Caged de maio seria negativo, a exemplo do que ocorreu em abril, quando foram fechados 97.828 postos de trabalho
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A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de fechamento de vagas em maio. No total, foram cortados 60.989 postos no setor, resultado de 230.981 admissões e 291.970 desligamentos no período.
Em segundo lugar como destaque negativo, serviços reduziu 32.602 postos, com 584.137 admissões e 616.739 demissões. A construção civil fechou 29.795 vagas e o comércio encerrou 19.351 empregos no mês. O único setor com saldo positivo em abril foi a agricultura, com 28.362 novas vagas.
Estados
O ministro Manoel Dias fez a divulgação desses dados em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O estado teve o melhor desempenho na contratação de trabalhadores do país, com 534 vagas criadas.
O estado com pior saldo de empregos no mês foi São Paulo, onde 23 mil vagas foram extintas.
Avaliação
Dias afirmou que é preciso que se ajuste a economia para que haja retomada na criação de emprego, e acredita num segundo semestre melhor.
Segundo ele, há setores que planejam investir ainda este ano, o que pode gerar vagas. “O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015”, acredita.
“A crise política levou muita gente a adiar seus projetos pessoais. A medida em que os ânimos se acalmam, o ritmo será retomado”, defendeu.
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