Insatisfeitos com o baixo número de projetos do Paraná incluídos no Programa de Investimentos em Logística (PIL), empresários e lideranças políticas do Paraná receberam o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, nesta sexta-feira (19), para reforçar demandas estaduais não contempladas pelo plano. Rodrigues sugeriu uma reunião técnica para discutir o assunto mais profundamente, mas não se comprometeu com nenhum projeto apresentado.
Os investimentos requisitados se referem a ramais rodoviários e ferroviários, e foram condensadas em um documento chamado “Programa de modernização e ampliação da infraestrutura de transportes do estado do Paraná”, entregue ao ministro, em nome do governo estadual e com base em debates realizados pelo Fórum Futuro 10, que reúne diferentes setores da sociedade civil.
O documento concentra demandas em seis rodovias não previstas no PIL, entre sugestões de construção, recuperação asfáltica, ampliação de capacidade e realização de concessões. Os destaques são a implantação e a pavimentação da BR-487, conhecida como “Estrada Boiadeira”; e a construção de um trecho da BR-101 no Paraná. “Temos um porto [Paranaguá] que é o um dos mais importantes do país e que, hoje, depende apenas da BR-277. Nós precisamos ter alternativas”, diz o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Para não ‘morrer na casca’, plano de logística precisa oferecer garantias
Novo modelo de financiamento do programa de concessões é visto com bons olhos pelo mercado, mas há incertezas sobre a rentabilidade e a demanda pelas debêntures
Leia a matéria completaEm relação a ferrovias, o documento formatado pelo Paraná contêm quatro demandas. As mais importantes são obras que passam pelo Paraná como parte da Ferrovia Norte-Sul, que devem ser executadas apenas em outra fase do PIL; e a construção da ligação entre Maracaju (MS) e Paranaguá.
Este último projeto foi especialmente destacado, já que se trata de uma demanda antiga e que já passou pela fase de estudos técnicos. “O governo federal não deu, talvez, a devida atenção, pelo menos, naquele momento. Mas vamos apostar mais uma ficha”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.
Reunião
O ministro elogiou a articulação do estado e se disse impressionado com o teor dos projetos apresentados. “Precisamos analisar as propostas e estudar”, disse. Mais cedo, Rodrigues participou de um evento semelhante em Santa Catarina. “Quero dizer que nós estamos em fase de estudos. Eu vim aqui a pedido da presidenta Dilma tentar esclarecer todo o nosso projeto e trazer algumas ideias para melhorar [o PIS]”, explicou.
Ele sugeriu a realização de uma reunião de caráter exclusivamente técnico, para debater com mais profundidade as questões levantadas pelo Paraná, envolvendo órgão como Valec e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que participaram da reunião. Rodrigues alternou momentos de otimismo e de cautela. “O cobertor está curto, mas ninguém vai passar frio”, disse.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast