Apesar do crescimento doméstico nos últimos anos, pelo menos 252 cidades brasileiras ainda têm mercado potencial para receber voos diretos diários de 112 passageiros, de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira (22) pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). Destas, 13 ficam no Paraná: Apucarana, Arapongas, Araucária, Campo Largo, Campo Mourão, Cianorte, Guarapuava, Paranaguá, Paranavaí, Pinhais, Ponta Grossa, Toledo, Umuarama.
Segundo o estudo, os 252 municípios podem receber rotas aéreas com pelo menos 50% de ocupação das aeronaves. De acordo com a SAC, em 172 destas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação.
Entre os voos diretos com potencial de demanda diária estão as rotas Cuiabá (MT) –Curitiba, Curitiba – Salvador (BA) e Curitiba – Fortaleza (CE), que ainda não recebem voos regulares. Os passageiros ouvidos pela SAC também gostariam de ver criadas rotas diretas como Blumenau (SC) – São Paulo e Gramado (RS) – São Paulo.
O levantamento comprova que o estado de São Paulo é a origem e o destino da maioria dos passageiros brasileiros. O aeroporto de Guarulhos é o mais influente do país: chegaram ou partiram dele pessoas de 312 diferentes municípios.
Em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a SAC entrevistou mais de 150 mil passageiros em 2014 com um questionário de 70 perguntas. A pesquisa foi feita nos 65 maiores aeroportos do país, responsáveis por 98% do fluxo aéreo nacional.
A partir dos questionários, a SAC montou um banco de dados com 10,5 milhões de repostas que serão usadas pelo órgão para desenvolver estratégias e políticas públicas para o setor.
O ministro da SAC, Eliseu Padilha, destacou a “democratização da passagem aérea”, uma vez que o estudo mostrou que diversas classes sociais voaram em 2014. Entre 2004 e 2014, o número de passageiros no país cresceu 170% e o preço dos bilhetes aéreos caiu 48%. “O avião não é mais coisa de gente rica”, enfatizou.
Disse ainda que foram investidos R$ 15,6 bilhões no setor nos últimos cinco anos e citou o Programa de Aviação Regional que estaria pronto para ser implantado. “Temos conseguido fazer que os investimentos do setor privado sejam feitos e alguns dos nossos parceiros inclusive já fizeram mais investimentos do que o planejado porque perceberam que haveria retorno”, relatou.
CCR assume projeto para construir novo aeroporto em São Paulo
A concessionária de infraestrutura CCR anunciou na última quarta-feira (21) que assumiu os direitos de um contrato de opção de compra de um terreno em que o grupo pretende construir o terceiro aeroporto da região metropolitana de São Paulo.
Em fato relevante, a CCR afirmou que seus acionistas, os grupos Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, abriram mão de certas pré-condições para repassar à companhia o direito de assumir a opção do direito de preferência para compra do imóvel. Com isso, a CCR deve levar adiante o projeto batizado de Nasp (Novo Aeroporto de São Paulo) em Caieiras, que fica a cerca de 30 quilômetros da capital paulista, mas que depende de aval regulatório do governo federal.
Com área de 12,8 milhões de metros quadrados, o terreno, que fica entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, já administradas pela CCR, deve custar à companhia o equivalente a R$ 323 milhões.
Estudos preliminares indicam que o novo aeroporto pode ter capacidade para tráfego de 50 milhões a 60 milhões de passageiros por ano, incluindo voos domésticos e internacionais.
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