Parlamentares e representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condesef) trabalham juntos para apresentar, até quarta-feira, emendas às medidas provisórias que reestruturam as carreiras e reajustam os salários dos servidores públicos. Segundo a Condesef, as MPs apresentadas na semana passada fazem uma distribuição desigual dos recursos para o funcionalismo público.
- É uma injustiça que nós já percebemos dentro das medidas provisórias. Uma quantidade menor de servidores está levando uma fatia maior do bolo com relação aos recursos -argumentou o diretor da entidade Sérgio Ronaldo.
De acordo com Ronaldo, cerca de 70 mil servidores, entre policiais federais e auditores fiscais estariam concentrando grande parte dos recursos, apesar de terem sido privilegiados por reajustes nos últimos três anos:
- Eles estão levando R$ 1,5 bilhões. É uma injustiça 70 mil servidores levarem uma quantia dessas enquanto em torno de 500 mil servidores da Seguridade Social e do Plano de Classificação de Cargos (PCC) estão levando aproximadamente R$ 400 milhões.
De acordo com Ronaldo, o governo garantiu que iria encurtar a distância entre o menor e o maior salário do Poder Executivo, mas o número de tabelas salariais para os servidores aumentou ao longo da gestão Lula. As cerca de 50 tabelas do início do governo passaram para 72 e agora, com a edição das últimas MPs, já chegam a 80.
- Em vez de encurtar essas distâncias, o governo está aumentando. Esse é um dos pontos que estão se agravando nas medidas provisórias _ explicou Ronaldo.
No próximo sábado, dia 8, uma plenária nacional da Condesef deverá decidir as novas reivindicações da entidade.
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