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Paralisação

Petroleiros encerram greve na Repar após paralisação de um dia

Assembleia de petroleiros nesta segunda-feira, que decidiu pelo fim da greve na Repar após um dia de paralisação | Sindipetro / Divulgação
Assembleia de petroleiros nesta segunda-feira, que decidiu pelo fim da greve na Repar após um dia de paralisação (Foto: Sindipetro / Divulgação)

A greve dos trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, terminou no fim da tarde desta segunda-feira (16) e o trabalho já foi reiniciado. A informação é do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR/SC). A paralisação havia começado um dia antes, no domingo (15).

Segundo o sindicato, a Petrobras enviou uma proposta que foi aprovada pelos petroleiros grevistas em assembleias ao longo do dia. Apesar do fim da greve da Repar, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) cogitou convocar greve geral dos petroleiros em todo o país por mais segurança, mas decidiu por realizar mobilizações esta semana [leia mais ao lado].

A refinaria rejeitou a maioria das reinvidicações dos grevistas, mas acatou alguns dos pedidos. Entre eles, a contratação de seis profissionais, um a mais para cada grupo de trabalho. A Repar também concordou com a criação de um grupo de trabalho para acompanhar as condições de saúde dos trabalhadores envolvidos acidente seguido de incêndio ocorrido no final de novembro. E permitiu que os trabalhadores ligados a recuperação do local façam uma pausa de 24 horas para descanso antes de reiniciar a produção. Outros pontos devem ser discutidos ainda esta semana, de acordo com o Sindipetro.

A Petrobras, responsável pela refinaria, foi procurada pela reportagem ainda pela manhã. Até as 18 horas desta segunda, a empresa ainda não havia retornado a tentativa de obter informações sobre a paralisação, sobre a produção da refinaria e a situação do abastecimento de combustíveis na região Sul. A previsão anterior da Petrobras era de retomar as atividades na refinaria nesta terça (17) a plena carga.

Acidente

No fim de novembro, a Unidade de Destilação U-2100 da refinaria teve o funcionamento paralisado em consequência do acidente seguido de incêndio ocorrido no dia 28 de novembro. Desde então, a produção na refinaria, conforme informações do sindicato, foi normal apenas no setor de tancagem da refinaria, onde é estocada parte da gasolina e do diesel. A Repar tem sido abastecida com combustíveis trazidos através de Paranaguá e São Francisco do Sul (SC).

Inicialmente, a Repar deve voltar a operar com dois terços da carga usualmente processada quando retomar a produção. A produção plena da refinaria da Petrobras não poderá ser atingida logo porque uma das colunas da unidade de destilação está danificada, bem como o condensador, equipamento que faz o resfriamento nesta etapa do refino, afirmou o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Waldyr Martins Barroso.

Para a ANP, a causa do acidente já foi identificada: o uso de um tipo de aço inadequado, mais fraco para uma suportar as elevadas temperaturas de uma refinaria.

A Petrobras está importando mais derivados para dar conta de substituir a produção da refinaria, que responde por cerca de 10% do abastecimento do país. Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente as informações da ANP e a reportagem aguarda retorno da empresa.

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