Os preços do petróleo terminaram novamente em baixa nesta terça-feira (25) em Nova Iorque e Londres, em um mercado pessimista sobre a crise na zona do euro e seus efeitos sobre o setor bancário, além das tensões com a crise na península da Coreia. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho, fechou em US$ 68,75, baixa de US$ 1,46 em relação a esta segunda-feira (24).
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu US$ 1,62, para US$ 69,55.
Segundo Jason Schenker, da Prestige Econmics, o novo retrocesso das cotações foi provocado pelos "persistentes temores do mercado sobre as dívidas dos estados".
"Os governos reduzirão os gastos, isso afetará a capacidade das economias desses países se recuperarem, principalmente em nações como Espanha, onde o desemprego alcança 20%", afirmou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Os temores de que a crise grega se estenda a outros países voltaram ao primeiro plano durante o fim de semana, quando o banco central espanhol resgatou a Cajasur, uma caixa de poupança do país. As taxas no mercado interbancário atingiram níveis elevados na Europa.
Na segunda-feira, outras quatro instituições de poupanças anunciaram sua fusão. Além disso, a tensão entre Coreia do Norte e Coreia do Sul aumentou o nervosismo já reinante: o exército norte-coreano foi colocado em estado de alerta após Seul ameaçar na segunda-feira Pyongyang de "fazer pagar um preço" pelo naufrágio de um de seus navios de guerra.
Estas informações levaram os investidores a optarem por outras moedas, como o dólar, uma vez que sua alta faz encarecer mecanicamente o petróleo, tornando-o menos atrativo para os investidores munidos de outras divisas.
Consequentemente, abandonam outros ativos considerados mais arriscados, como as matérias-primas e as ações.