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A tensão internacional voltou a pesar sobre os negócios da Bovespa, que fechou no vermelho, embora tenha reduzido as perdas no final do dia.

Depois de ter chegado a cair mais de 3 por cento, flertando com as mínimas em oito meses, o Ibovespa valeu-se da recuperação de Wall Street e fechou desvalorizado em 1,22 por cento, aos 59.184 pontos. O giro financeiro da sessão ficou em 6,88 bilhões de reais.

Para especialistas do mercado, o clima de incerteza avançou uma pouco mais nesta terça-feira. Não bastasse a desconfiança em relação à capacidade das autoridades europeias em lidar com a crise fiscal da região, investidores passaram a embutir nos preços dos ativos um possível conflito militar na península coreana.

Na Europa, o receio de uma crise bancária na Espanha, após o BC espanhol ter assumido o controle de um pequeno banco do país no final de semana, ampliou a leitura de que a zona do euro vai demorar a se levantar dos efeitos da crise fiscal.

"Vai ser uma crise longa, com efeitos recessivos na economia no mundo inteiro", disse a jornalistas pela manhã o sócio-fundador do BTG Pactual Persio Arida.

Puxado sobretudo pelas ações de bancos, o principal índice europeu de ações fechou no menor nível desde setembro, enquanto o euro buscava novas mínimas frente ao dólar em quatro anos.

Em paralelo à crise fiscal na zona do euro, a tensão entre as Coreias do Norte e do Sul, aumentando as chances de conflito militar, adicionou pressão às bolsas asiáticas, onde os principais índices caíram à mínima em 15 semanas.

Na bolsa paulista, as ações de bancos seguiram a tendência internacional do setor e caíram forte. Bradesco tombou 4,1 por cento, a 28,67 reais. Itaú Unibanco cedeu 2,5 por cento, saindo a 32,11 reais. Fora do índice, Santander perdeu 5,9 por cento, a 18,82 reais.

"Tem incerteza pra todo lado; isso está levando os investidores a desfazer posições antes mesmo de perguntar quais efeitos as coisas poderiam ter no mercado", disse o economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa.

Nos Estados Unidos, a terceira alta seguida da confiança do consumidor, para o maior nível em mais de dois anos, não chegou a animar, já que outro relatório mostrou que os preços de moradias no país caíram no primeiro trimestre após o fim do incentivo do governo à compra de imóveis.

A queda do petróleo aumentou ainda mais a pressão sobre a principal blue chip doméstica, a ação preferencial da Petrobras, que caiu 2,2 por cento, cotada a 26,55 reais.

Com a diminuição das perdas em Nova Iorque, onde os principais índices fecharam bem perto da estabilidade, algumas ações no Brasil tiveram um repique. O movimento foi liderado pelo papel preferencial da Vale, que avançou 1 por cento, para 40,20 reais.

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