A nova equipe econômica derrubou os investimentos do governo federal para garantir um superávit primário de R$ 4,48 bilhões no primeiro trimestre do ano. Os investimentos caíram 31,3%, mas o recuo não impediu que o esforço fiscal dos três primeiros meses de 2015 registrasse o pior resultado dos últimos 17 anos para o chamado governo central, que reúne as contas do Tesouro, INSS e Banco Central. Com o desempenho fiscal pior do que o previsto, o governo acenou nesta quarta-feira (29) com novas medidas para aumentar as receitas.

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Meta menor

Embora a meta oficial de superávit seja fixada em valores nominais, o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive informou que o governo vai perseguir a meta de 1,2% do PIB. A revisão do PIB pelo IBGE, no entanto, mudou a relação da meta de R$ 66,3 bilhões para 1,13% do PIB na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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No primeiro trimestre do ministro Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda, o superávit primário ficou 68,5% menor que o do mesmo período de 2014. O superávit caiu de 0,99% para apenas 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB). Depois do déficit de R$ 7,42 bilhões de fevereiro, que assustou o mercado financeiro, o governo conseguiu fechar o mês de março com o superávit de R$ 1,46 bilhão.

O governo cortou na carne, mas a dieta orçamentária imposta por Levy não foi suficiente para fazer frente ao recuo da arrecadação. A receita líquida caiu 4,4%, enquanto a queda nas despesas chegou a apenas 0,8%.

Medidas

Para garantir o cumprimento da meta, o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive, acenou com mais medidas de aumento de receitas. Além do maior controle das despesas, o secretário disse que há “sempre” a possibilidade de criar novas medidas do lado das receitas. Ele não informou quais seriam as medidas, mas destacou ser possível cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB.