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Juros

Copom fará menos reuniões em 2006

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um dia de números bastante positivos, animada pelo noticiário favorável no Brasil e Estados Unidos. O Índice Bovespa terminou o dia em 30.193 pontos, com alta de 2,99%. Mesmo assim, a bolsa paulista caiu 4,40% em outubro. Os negócios somaram R$ 1,590 bilhão, volume considerado razoável.

Para o mercado de câmbio a segunda-feira que encerrou o mês de outubro foi tranqüila. O ingresso de recursos externos e a ausência do Banco Central foram fatores determinantes para derrubar o dólar, que terminou o dia em baixa de 0,53%, cotado a R$ 2,250 na compra e R$ 2,252 na venda.No acumulado de outubro, o dólar subiu 1,03%.Em setembro, a moeda havia despencado 5,47%.

O EMBI+ Brasil, indicador que mede o risco-país brasileiro, fechou em 356 pontos centesimais nesta segunda-feira, em queda de 6 pontos. O risco-país argentino caiu 15 pontos, para 374 pontos centesimais.

O mercado americano trabalhou ainda embalado com a melhora dos indicadores econômicos de inflação e crescimento econômico. À espera de uma alta moderada nos juros americanos na reunião de terça-feira do Federal Reserve, as bolsas americanas tiveram alta generalizada. Internamente, o destaque foi a notícia de que o Brasil superou em setembro a meta de superávit fiscal de 2005.

Entre as ações que fazem parte do Índice Bovespa, as maiores altas ficaram com Itaubanco PN (+5,29%) e Gerdau Metalúrgica PN (+5,22%). As ações do Itaú tiveram bom desempenho devido à expectativa de lucro expressivo no resultado do terceiro trimestre, a ser divulgado na terça-feira. As quedas mais significativas do índice ficaram com Tim Participações ON (-1,26%) e Light ON (-1,14%).

CâmbioA alta de outubro é atribuída principalmente à retomada dos leilões de compra do Banco Central, interrompidos em março. Desde 3 de outubro e até a última sexta-feira, o BC promoveu 18 leilões de compra. Oficialmente, o objetivo dos leilões é a recomposição de reservas cambiais. Mas o mercado vê nas operações uma tentativa de equilibrar a oferta e procura de dólares, evitando quedas muito fortes.

Outro fator de pressão sobre o dólar em outubro foi a instabilidade no cenário internacional, devido às dúvidas quanto ao futuro dos juros nos Estados Unidos. Especulações sobre inflação e juros americanos levaram a movimentos de "fly to quality" (fuga para a qualidade), nos quais os investidores estrangeiros trocaram posições em países emergentes por ativos americanos. A instabilidade foi maior entre as ações e os títulos da dívida externa, mas o dólar também teve um aumento na volatilidade.

Nesta sexta-feira, o Banco Central não promoveu leilão de compra de dólares. O objetivo foi evitar influência na disputa entre investidores do mercado futuro, que em geral disputam cotações no último dia do mês, antes da liquidação dos contratos. Também contribuiu para manter o dólar em baixa a notícia de que o país já superou a meta do superávit primário de 2005.

- Com o fluxo positivo e o Banco Central ausente, não havia outro caminho para o dólar senão a queda. O cenário externo positivo também contribuiu - afirmou um profissional de câmbio de um banco estrangeiro.

JurosAs projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam perto da estabilidade nesta segunda-feira, com leve indicação de baixa em alguns contratos. O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,53% ao ano, contra 18,54% do fechamento de sexta-feira. O DI de janeiro de 2007 ficou com taxa estável, em 17,56% anuais. A taxa Selic é hoje de 19% ao ano.

Um dos destaques do dia foi o Boletim Focus, pesquisa feita pelo Banco Central junto a cem instituições financeiras. Na semana passada não houve alteração nos prognósticos para a inflação deste e do próximo ano. A previsão média para o IPCA deste ano continuou em 5,31%. Para 2004, ficou em 4,6%.

ParaleloO dólar paralelo negociado em São Paulo fechou estável nesta segunda-feira, cotado a R$ 2,42 na compra e R$ 2,52 na venda. O dólar turismo terminou o dia em baixa de 0,42%, a R$ 2,22 na compra e R$ 2,37 na venda.

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