XANGAI, China - A segunda maior siderúrgica da China, a Angang, anunciou a fusão com a quinta maior produtora de aço do país, a Benagang, criando uma nova gigante no mercado mundial de aço.
Terminar com a predominância de siderúrgicas pequenas no mercado local dará à China maior poder de negociação com fornecedores de matéria-prima, como a mineradora brasileira Vale do Rio Doce e a australiana BHP Billiton.
A associação vai criar uma siderúrgica com capacidade anual de cerca de 30 milhões de toneladas de aço - equivalente a da sul- coreana Posco, a quinta maior do setor no mundo, ou a da atual líder de mercado na China, a Baosteel Group. A líder mundial de mercado, a Mittal, produz cerca de 42 milhões de toneladas anuais.
A fusão das companhias - que juntas empregam 160 mil trabalhadores no Nordeste da China - marca o fim de um ano de difíceis negociações que geraram preocupação dos governos locais sobre desemprego e fechamento de fábricas.
O acordo, segundo a agência Reuters, envolve ações ou dinheiro, no estágio inicial. Se tudo der certo, a transação significará um precedente para a consolidação de 800 siderúrgicas chinesas, muitas das quais têm resistido aos pedidos de Pequim para fusões ou vendas.
- A consolidação deverá ajudar companhias-chaves chinesas a aumentar sua capacidade de competição com conglomerados internacionals, como a Posco - disse à Reuters Liang Mingchao, do Tianxiang Investment Consulting.
Fusões e aquisições nos próximos três a cinco anos podem criar também outra gigante, pela junção da Wuhan Iron and Steel com a Panzhihua Steel, afirmou o analista do Haitong Securities, Yong Zhiqiang.
A China mais que dobrou sua capacidade de produção de aço desde 2000, para 300 milhões de toneladas anuais.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”