Técnicos do Ministério da Agricultura virão a Curitiba na terça-feira (27) para uma reunião de trabalho com os técnicos da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), para reavaliar o rebanho do estado, mais especificamente, os animais da propriedade Fazenda Cachoeira, na região Norte do Paraná, onde foi descoberto, segundo o ministério, um foco da doença.
O governo do Paraná, na semana que vem, espera chegar ao final do impasse sobre a decretação de foco de febre aftosa no estado. O encontro entre os técnicos foi acordado durante uma reunião, nesta quarta-feira (21) entre o secretário da Agricultura e vice-governador, Orlando Pessuti, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e deputados da bancada federal do Paraná. Segundo Pessuti, o encontro dos técnicos "servirá para uma análise detalhada das novas investigações feitas pelo governo estadual".
"Temos elementos suficientes hoje que demonstram que esse foco de febre aftosa deve ser cancelado", afirmou o secretário ao site do governo estadual.
Motivo da audiênciaO pedido de audiência em Brasília foi feito para que o ministério pudesse reavaliar o ato de declaração do foco de febre aftosa no Paraná e ocorreu em função dos resultados laboratoriais negativos dos exames realizados com 48 amostras coletadas de animais da propriedade, supostamente, infectada.
Ministério não volta atrásPor outro lado, o ministro Roberto Rodrigues disse que o ministério não tem condições de retroceder no ato, tomado como base nas normas internacionais em função da sorologia positiva encontrada nos primeiros exames e na vinculação epidemiológia com a origem dos animais da Fazenda Bonanza, no Mato Grosso do Sul.
RespostaO secretário Pessuti argumentou ao ministro que retomasse o compromisso firmado com ele por Rodrigues - se os exames de sorologia Probang dos animais da Fazenda Bonanza dessem positivo, seria reconhecido o foco; se dessem negativo, o governo federal decretaria o Paraná livre de febre aftosa.
"Se o ministério tinha uma sorologia positiva no dia 5, agora ele tem os 46 resultados negativos", atestou Pessuti.
"Queremos a verdade"Pessuti lembrou que o governador Roberto Requião ponderou que o governo estadual poderá até tomar medidas práticas para evitar que o estabelecimento de foco de aftosa traga mais prejuízos, mas que não abrirá mão da verdade.
"Nós não concordamos com o foco de aftosa, temos mais elementos a partir do aprofundamento das investigações que confirmam nossa posição e buscamos uma solução final a partir dessa reunião do dia 27", concluiu Pessuti.
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