O Paraná caminha para fechar o ano com o maior superávit comercial desde 2009, com saldo de US$ 1,9 bilhão entre janeiro e outubro, de acordo com dados do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Apesar da boa notícia, isto se deve, em grande parte, porque as compras do estado no exterior caíram 25% no período, e não pelas exportações terem superado índices anteriores.
INFOGRÁFICO: Veja a evolução da balança comercial paranaense
Até outubro, as importações paranaenses somaram US$ 10,8 bilhões contra US$ 14,5 bilhões no mesmo intervalo de 2014. O comportamento de queda é pouco comum na série histórica e se repetiu apenas no ano passado, considerando o mesmo período, quando as compras paranaenses no exterior diminuíram 11% em relação a 2013.
Os produtos mais comprados pelas empresas paranaenses no exterior foram partes e acessórios de veículos (US$ 725,6 milhões), seguidos por petróleo (US$ 689,9 milhões) e automóveis de passageiros (US$ 526,7 milhões).
Ao mesmo tempo, as exportações do estado também perderam força neste ano na comparação com 2014. Os embarques de produtos paranaenses somaram US$ 12,8 bilhões até outubro, enquanto no ano passado, as vendas chegaram US$ 14,1 bilhões – uma queda de 10% na receita com as vendas para fora do país.
Novos destinos
Os exportadores paranaenses vêm tentando encontrar outros mercados para substituir a Europa, cujos destinos estão entre os que mais cortaram importações neste ano. A Arábia Saudita, por exemplo, desponta como o quarto maior destino das exportações paranaenses, com US$ 484,2 milhões em receitas. Desse total, 89% representam a venda de carne de frango (US$ 430,7 milhões).
Outros países, como México e Índia, também registraram um crescimento expressivo nas exportações paranaenses neste ano. Para a Índia, as empresas do estado embarcaram US$ 383,1 milhões até outubro. O número representa um acréscimo de 52% nas vendas para o país asiático, sendo que a maior parte representa embarques de óleo de soja (US$ 260,4 milhões).
Outro destino que ganhou espaço neste ano, foi o México, que somou US$ 228,2 milhões de janeiro a outubro, um aumento de 80% em relação às vendas em 2014. Neste caso, os maiores embarques também foram de carne de frango (US$ 35,6 milhões), seguida por máquinas de construção (US$ 30,7 milhões).
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