Paraná tem a terceira cesta mais cara em 12 meses
Em 12 meses, entre setembro de 2013 e agosto deste ano, 15 cidades registraram altas no preço. A capital do Paraná, nessa comparação, figura como a cidade com a terceira maior alta de preço da cesta básica, com variação positiva de 7,81%, contra alta de 19,80% em Florianópolis e aumento de 9,79% no Rio de Janeiro.
Produtos que influenciaram nos preços
Os produtos que mais influenciaram no recuo dos valores das cestas básicas foram óleo de soja, batata, feijão, tomate e farinha de mandioca. Pelo segundo mês consecutivo, a batata apresentou redução de preço em todas as cidades do Centro-Sul, onde é pesquisada. As reduções variaram entre -34,69% em Porto Alegre e -15,58% em São Paulo.
O preço do óleo de soja diminuiu em todas as cidades. As maiores quedas foram observadas em Recife (-8,03%), João Pessoa (-8,03%), Curitiba (-7,14%) e Natal (-6,46%).
A farinha de mandioca, pesquisada nas cidades do Norte e Nordeste, seguiu a tendência de recuo de preço, registrada desde junho, com oscilações entre -15,64%, em Manaus, e -0,92%, em Belém.
O preço do feijão preto e carioquinha diminuiu em 17 cidades no mês, com reduções de -6,13% (Porto Alegre) e -1,50% (Florianópolis). Em agosto, o preço do tomate diminuiu em 15 das 18 cidades pesquisadas. As reduções variaram entre -20,62%, em Manaus, e -0,26%, em Florianópolis. As altas ocorreram em Curitiba (4,72%), Belo Horizonte (4,20%) e Rio de Janeiro (0,88%).
O preço da cesta básica registrou queda de 1,74% em agosto na comparação com julho em Curitiba, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Enquanto uma cesta básica na capital paranaense saía por R$ 308,66 em julho, em agosto o preço girou em torno de R$ 303,28. O valor menor da cesta básica foi registrado em todas as 18 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. A queda aconteceu pelo segundo mês consecutivo nas regiões pesquisadas.
Manaus foi a cidade onde se apurou a maior queda de preço (-7,69%), seguida por Aracaju (-3,84%), Fortaleza (-2,96%) e Natal (-2,35%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,48%).
Florianópolis foi a cidade com o maior valor para a cesta básica (R$ 340,62). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 337,80), seguida por Vitória (R$ 329,13). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 230,52), Salvador (R$ 266,34) e João Pessoa (R$ 268,87).
Alta acumulada
No acumulado dos primeiros sete meses de 2014, os números são diferentes. No período, 13 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações são observadas em Florianópolis (6,67%), Aracaju (6,34%), Recife (5,93%), João Pessoa (3,89%) e Rio de Janeiro (3,84%). As maiores reduções foram verificadas em Campo Grande (-4,29%), Belo Horizonte (-2,80%), Manaus (-1,95%), Porto Alegre (-1,08%), e Natal (-1,02%).
Salário mínimo necessário
Em agosto, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisou realizar, na média das 18 capitais pesquisadas, jornada de 90 horas e 07 minutos, tempo inferior às 92 horas e 03 minutos registrado em julho. Em agosto de 2013, a jornada comprometida era maior, já que foram necessárias 91 horas e 46 minutos.
Em agosto, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.861,55. Em julho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.915,07. Os dados são estimados com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
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