A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) observa a situação no Egito com preocupação, mas apenas aumentará a oferta de petróleo se houver uma escassez, afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral do cartel, Abdullah al-Badri.

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Os preços do petróleo têm subido devido à tensão no Egito. O tipo Brent, negociado em Londres, está perto de 100 dólares o barril por temores de que a instabilidade possa se espalhar por países do Oriente Médio, que junto com o norte da África produz mais de um terço do petróleo no mundo.

Al-Badri disse em Londres não esperar que os distúrbios civis no Egito afetem os envios de petróleo por meio do Canal de Suez ou pelo oleoduto de Sumed.

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"Eu acho que o fluxo continuará", afirmou. "Estamos observando a situação porque há uma boa quantidade (em jogo) e, se houver um problemas, teremos que fazer algo", afirmou a jornalistas.

Ele disse não ver necessidade de convocar uma reunião extraordinária da Opep antes do previsto, em junho, mas disse que a disposição está mudando em função da crise no Egito.

"Antes da Tunísia e da crise do Egito, não víamos razão (para uma reunião extraordinária). Mas agora eu não sei se a crise vai aumentar. Eu espero que não", declarou.

Ele confirmou que os ministros da Opep e de países consumidores vão discutir política de produção no intervalo de uma conferência internacional de energia na Arábia Saudita, em 22 de fevereiro, mas ressaltou que uma decisão formal é improvável após o encontro.

Com os estoques elevados, Al-Badri declarou ainda não ver motivo para o preço subir em função da crise no Egito.

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"O mercado está bem abastecido, mas se vermos alguma escassez efetiva, interviremos", disse Al-Badri.