A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o mês de julho em 0,52%. Em junho, a variação dos preços tinha sido de 0,35%. Em julho de 2015, a taxa foi de 0,62%. Nos doze meses encerrados em julho, a inflação ficou em 8,74%. Nos sete primeiros meses de 2016, acumula alta de 4,96%.
O principal impacto no IPCA de julho, de 0,34 ponto porcentual, veio do grupo alimentos e bebidas, com variação de 1,32%, muito acima da inflação média geral. Essa é a maior taxa para o grupo no mês de julho desde 2000, quando atingiu 1,78%. No ano, a alta acumulada já está em 8,79% para alimentos e bebidas.
Nesse grupo, a maior contribuição individual (impacto de 0,19 ponto percentual) para a alta da inflação geral veio do leite, que teve aumento de preços na ordem de 17,58%. O feijão carioca veio em segundo lugar, com alta de 32,42% e impacto de 0,13 ponto percentual. O feijão preto também subiu, passando a custar, em média, 41,59% a mais, enquanto que o mulatinho teve acréscimo de 18,89% no preço e o fradinho 14,72%. Outro alimento básico do brasileiro, o arroz, também teve alta destacada pelo IBGE, de 4,68% em julho.
De acordo com Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, o feijão e o leite foram os principais responsáveis pela aceleração da inflação geral em julho, frente ao mês anterior.
Outros alimentos, no entanto, deram um alívio para o bolso, como a cebola, que registrou queda de 28,37% nos preços em julho e a batata inglesa, cujos preços caíram 20%.
Além dos alimentos, que passaram de 0,71% em junho para 1,32% em julho, outros três grupos mostraram aceleração na taxa de crescimento de um mês para o outro: despesas pessoais (de 0,35% para 0,70%), artigos de residência (de 0,26% para 0,53%) e transportes (de -0,53% para 0,40%).
Nos transportes, grupo de maior peso no orçamento das famílias depois dos alimentos, as pressões foram exercidas por altas dos preços das passagens aéreas (19,22%), dos ônibus interestaduais (8,21%), dos pedágios (3,99%), dos ônibus intermunicipais (0,81%), emplacamento e licença (0,79%) e conserto de automóvel (0,58%).
Queda de preços
Já os outros grupos pesquisados tiveram uma desaceleração da alta ou até queda. A inflação de saúde e cuidados pessoais passou de 0,83% em junho para 0,61% em julho, educação de 0,11% para 0,04%, comunicação de 0,04% para 0,02%, habitação de 0,63% para -0,29% e vestuário de 0,32% para -0,38% no mesmo período.
A deflação nos itens de habitação foi influenciada pela queda de 3,04% no preços da energia elétrica em julho, tendo em vista as quedas registradas nas regiões de Curitiba (-11,17%), com redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho, São Paulo (-5,74%), onde a redução nas tarifas foi de 7,% a partir de 4 de julho em uma das concessionárias, e, ainda, Porto Alegre (-0,29%), com redução de 7,5% em vigor desde 19 de junho. Além disso, houve redução nas alíquotas do PIS/Cofins em dez das treze regiões pesquisadas.
Salvador em alta
Entre as regiões, a maior alta de preços foi registrada na região metropolitana de Salvador, com 0,92%, onde o preço do litro da gasolina aumentou 4,86% e o do etanol, 4,41%. O menor índice foi o de Curitiba, com 0,10%, sob influência da queda de 11,17% no item energia elétrica, que refletiu a redução de 13,83% nas tarifas em vigor a partir de 24 de junho. No Rio, a inflação acelerou de 0,38% em junho para 0,50% em julho.
De acordo com o mais recente Relatório Focus do BC, divulgado na última segunda-feira, os analistas do mercado financeiro continuam a ver um cenário mais benigno para a inflação no próximo ano. A mediana para 2017 recuou pela sexta semana, de 5,20% para 5,14%. Para este ano, a projeção recuou 0,01 ponto para 7,20%.
O principal impacto no IPCA de julho, de 0,34 ponto porcentual, veio do grupo alimentos e bebidas, com variação de 1,32%, muito acima da inflação média geral. Essa é a maior taxa para o grupo no mês de julho desde 2000, quando atingiu 1,78%. No ano, a alta acumulada já está em 8,79% para alimentos e bebidas.
De acordo com o mais recente Relatório Focus do BC, divulgado na última segunda-feira, os analistas do mercado financeiro continuam a ver um cenário mais benigno para a inflação no próximo ano. A mediana para 2017 recuou pela sexta semana, de 5,20% para 5,14%. Para este ano, a projeção recuou 0,01 ponto para 7,20%.
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