A Região Metropolitana de Curitiba tinha no terceiro trimestre deste ano a segunda menor taxa de desemprego entre as 21 áreas pesquisadas pelo IBGE na Pnad Contínua. O índice, de 5,7%, era maior apenas que o da região de Florianópolis (4,9%). As regiões de Goiânia (7,1%) e Porto Alegre (7,3%) eram as outras com taxas abaixo de 8%.
A pesquisa do IBGE mostra uma tendência de concentração de maiores taxas de desemprego na Região Nordeste (10,8%), Sudeste (9%) e Norte (8,8%), enquanto Centro-Oeste (7,5%) e Sul (6%) ainda têm mercados de trabalho mais dinâmicos. Na Região Metropolitana de Salvador, o desemprego bateu em 17% (há um ano, era de 13,5%).
Santa Catarina (4,4%) e Paraná (6,1%) são os estados com os menores desempregos no país. A taxa paranaense, inclusive, foi menor do que os 6,2% registrados no segundo trimestre deste ano. Somente outros cinco estados apresentaram queda na taxa na passagem de um trimestre para outro. Na comparação com o terceiro trimestre de 2014, o desemprego no Paraná subiu dois pontos percentuais.
Uma dinâmica parecida foi notada na Região Metropolitana de Curitiba, onde a taxa caiu de 5,9% no segundo trimestre para 5,7% no terceiro trimestre. Na contramão, a taxa da cidade de Curitiba passou de 5,6% para 6,5% no mesmo período, superando o desemprego registrado na média dos municípios da RMC. No período, o rendimento médio na capital caiu 4,7%, de R$ 2.991 para R$ 2.851. Um ano atrás, a renda na cidade era de R$ 2.986.
O rendimento real também está em queda na RMC, onde passou de R$ 2.482 no segundo trimestre para R$ 2.388 (queda de 3,8%) e no Paraná (de R$ 2.108 para R$ 2.093).
Entre as capitais, a taxa curitibana é a sexta menor do país – Florianópolis tem o mais baixo desemprego, de 5,5%. A maior taxa está em São Luís (14,7%). Brasília, com uma taxa de 10,3%, continua com a maior renda média do país, de R$ 3.512.
Conta própria
Outro aspecto mostrado pela Pnad Contínua é o aumento no número de pessoas trabalhando por conta própria. Essa é uma tendência registrada desde que o desemprego começou a subir e que é explicada por pessoas que perderam o emprego e decidiram empreender ou fazer bicos.
No Paraná, o número de trabalhadores por conta própria passou de 1,217 milhão para 1,239 milhão entre o terceiro trimestre do ano passado e o mesmo período de 2015, enquanto a população total ocupada caiu de 5,568 milhões para 5,435 milhões. No mesmo período, a participação das pessoas que trabalham por conta própria passou de 21,9% para 22,8% do total de pessoas em atividade.
Esta é a terceira vez que o IBGE divulga dados sobre o desemprego nos estados e a primeira em que são apresentadas informações sobre municípios das capitais e regiões metropolitanas.