A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD-2006), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, mostra que houve aumento no rendimento médio dos trabalhadores, principalmente no poder de compra dos trabalhadores de baixa renda. Mas, por outro lado, mais da metade (51,2%) da população ocupada do país não contribuiu para a Previdência em 2006.

CARREGANDO :)

Segundo o IBGE, de 2005 para 2006, houve aumento de 7,2% no rendimento médio dos trabalhadores. O percentual é superior ao que havia sido registrado de 2004 para 2005 (4,6%). Esse rendimento médio real, em 2004, era de R$ 788; em 2005, de R$ 824; e em 2006; de R$ 883.

O instituto aponta ainda que os trabalhadores que ganham menos foram os que registraram maior recuperação do poder de compra em 2006. Essa parcela de trabalhadores tinha, em 1996, rendimento médio real mensal de R$ 267, enquanto, em 2006, o rendimento subiu para R$ 293.

Publicidade

De acordo o IBGE, houve um aumento de 5,4% no número de trabalhadores contribuintes para a Previdência Social em 2006. No entanto mais da metade (51,2%) da população ocupada do país não contribuiu para a Previdência em 2006.

Do total de 89,3 milhões de ocupados no país no ano passado, 43,6 milhões eram contribuintes e 45,7 milhões não-contribuintes.

Entre as atividades pesquisadas, o maior percentual de ocupados contribuintes em 2006 estava na administração pública (84,8%), e o menor, no setor agrícola (13,5%). Na indústria de transformação, 64,5% dos ocupados contribuíram para a Previdência no ano passado.

Carteira assinada

O número de trabalhadores com carteira assinada aumentou 4,7% em 2006 em relação ao ano anterior. Os dados mostram que a participação dos empregados com carteira no total de ocupados no país subiu de 33,1% em 2005 para 33,8% no ano passado.

Publicidade

Setor agrícola

Segundo o levantamento, a atividade agrícola perdeu mais de meio milhão de trabalhadores em um ano. De 2005 para 2006, a participação da atividade agrícola na população ocupada caiu de 20,5% (17,8 milhões de trabalhadores) para 19,3% (17,2 milhões).

Mais de 40 anos

Em 2006, a participação dos trabalhadores com mais de 40 anos de idade na população ocupada aumentou 1,1 ponto percentual em relação ao ano anterior (passou de 39% para 40,1%). No Sudeste, aumento foi de 1,4 ponto percentual. Nas demais regiões, ficou em torno de 0,9 ponto percentual.

Internet

Publicidade

A pesquisa aponta que 16,9% dos domicílios brasileiros tinham microcomputador com acesso à internet em 2006. Entre as regiões, o menor percentual estava no Norte (6,0%) e no Nordeste (6,9%), enquanto o maior estava no Sudeste (23,1%).

A pesquisa mostra também uma evolução significativa no acesso de 2001 a 2006. Enquanto em 2001 12,6% dos domicílios brasileiros tinham esse produto, em 2006 eram 22,1%. No Nordeste, em 2001, 5,2% dos domicílios tinham esse bem de consumo, quase a metade de 2006 (9,7%).

Telefonia

O percentual de domicílios com telefone no Brasil subiu de 58,9% em 2001 para 75,2% em 2006. No Nordeste, onde o acesso continua o menor entre as regiões, passou de 35,9% para 53,6% de 2001 para 2006, enquanto no Sul, região de maior acesso, subiu de 64,9% para 86%.

Segundo os técnicos do IBGE, o aumento da oferta de telefones móveis celulares no Brasil foi determinante para o crescimento da presença de telefones nos domicílios. Em 2001, 31,1% dos domicílios brasileiros tinham telefone celular, contra 64,2% em 2006.

Publicidade