Safra de cana-de-açúcar deve ser 15% maior no Paraná em 2007

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Um crescimento de 15% na produção de álcool e açúcar deve ser registrado no Paraná ao final da safra de cana-de-açucar 2007/2008. O estado deve apresentar uma área plantada de 500 mil hectares, ou seja, 150 mil a mais que a área de plantio de 2004.

A ampliação da área plantada com cana-de-açúcar atende a um compromisso firmado entre os produtores e o governo que previa, em 2004, que as boas perspectivas para o setor sucroalcooleiro no mundo se tornariam realidade neste ano. A meta firmada era plantar 500 mil hectares até 2008, atingida um ano antes.

O governo havia se comprometido a ampliar a infra-estrutura para o setor, como o terminal público de álcool no Porto de Paranaguá e recuperação de estradas na região Norte e Noroeste. Os produtores, por sua vez, se comprometeram a investir no aumento do plantio e da industrialização.

Segundo o governo, os investimentos do setor estão atraindo várias comitivas de empresários estrangeiros interessadas em participar de joint-ventures ou consórcios para exploração de energias alternativas. Essa demanda ganhou visibilidade após o reconhecimento dos Estados Unidos à contribuição do etanol para fins energéticos. Entre os dias 23 e 26 de março, um grupo de empresários alemães vai visitar usinas e áreas de plantio de cana no Norte do Paraná.

Atualmente o Paraná já exporta etanol para vários países. Na safra 2006/07 exportou 270 milhões de litros, sendo que 82,1 milhões foram para os Estados Unidos, 40 milhões para o México, 34,5 milhões para a Holanda, e o restante dividido para vários países menores.

Segundo levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a estimativa para a safra de cana-de-açúcar 2007/08 indica área plantada de 518.450 hectares, que poderá resultar numa oferta média de 41 milhões de toneladas de cana. As maiores expansões de plantio estão nas regiões de Cornélio Procópio, com 39%, Londrina com 40%, Paranavaí com 27%, Umuarama 18%, Jacarezinho com 15% e a região de Maringá, com 10%.