Atualizado em 27/06/06 às 12h06
Apesar de ter recebido uma sobrevida até quarta-feira do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a Varig voltou a cancelar na manhã desta terça-feira mais seis vôos que partiriam dos aeroportos do Paraná. Na terça-feira foram cinco cancelamentos.
De acordo com a Infraero, foram cancelados quatro vôos que partiriam do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e dois do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, região Oeste do estado.
A companhia aérea cancelou, no Afonso Pena, os vôos 8880 que decolaria às 11h para Bolívia, o 2704 para Porto Alegre às 11h13, o 2133 para o Rio de Janeiro (Galeão) às 13h45 e o vôo 2701 para Congonhas às 8h10. A informação foi repassada pela Infraero e confirmada pela Varig Curitiba.
A empresa informa que os passageiros dos vôos cancelados estão sendo acomodados - quando possível - em vôos de outras companhias aéreas.
Em Foz do Iguaçu, a Varig cancelou os vôos 8902 para Assunção, no Paraguai, às 13h05 e o 8903 às 16h40 para Guarulhos, em São Paulo. De acordo com a Varig de Foz, os passageiros do vôo 8903 estão sendo acomodados no vôo 2250 que parte para Guarulhos às 15h30.
No Brasil
Às vésperas de mais um dia decisivo para o seu futuro, a Varig continua cancelando vôos devido à redução da sua frota. Segundo a Infraero, da zero hora até as 10h58h desta terça-feira, a empresa cancelou 95 vôos de 191 programados, ou 49,7 por cento do total.
Entre os cancelados, 16 referem-se a vôos internacionais e 79 nacionais, informou a estatal que administra os aeroportos do país em seu último boletim desta terça-feira, já que os trabalhos serão suspensos devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo.
A Varig enfrenta na quarta-feira mais duas decisões importantes para sua sobrevivência.
No Brasil, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro avalia uma nova proposta de compra da empresa e poderá convocar leilão para a próxima semana, ou decretar a falência da companhia, sendo esta última hipóteses pouco provável, segundo um dos representantes da administradora judicial do caso, a consultoria Deloitte, Luiz Alberto Fiori.
Em Nova York, a Varig passará na quarta-feira mais uma vez pelo julgamento da Corte de Falências, onde o juiz Robert Drain decidirá se mantém até o dia 21 de julho a proteção da frota da empresa contra o arresto pedido por empresas de leasing internacionais - como ILFC, Boeing, Nissho Iwai, entre outras - concedida na semana passada.
O juiz manteve a liminar que protege os aviões da companhia mas determinou que as aeronaves permanecessem no solo por questão de segurança. Os donos dos equipamentos temem a retirada de peças para viabilizar a operação de outros aviões da companhia que não estão sob ameaça de arresto. Reformulação: VarigLog prevê uma Varig enxuta
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