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Para Procon, clientes não podem ser prejudicados
Apesar da interrupção temporária dos serviços de algumas agências em função da greve dos vigilantes, o Procon-PR orienta qualquer prejuízo obtido pelos clientes deve ser registrado junto ao órgão. "Questões entre empregados e empregadores e ainda bancos e prestadores de serviços não devem resultar ou trazer prejuízos aos consumidores", afirma Claudia Silvano, diretora do órgão.
Apesar da paralisação, algumas transações puderam ser realizadas normalmente pela internet, lotéricas e caixas eletrônicos.
Quem precisava ir a uma agência bancária em Curitiba nesta sexta-feira (1º) deu de cara com o comunicado de greve dos vigilantes. Apesar da pressão da classe, que fechou 98% das agências bancárias de Curitiba e Região Metropolitana, empresas e vigilantes não chegaram a um acordo e a greve continua. O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp) apresentou uma proposta de reajuste do piso com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2012 em alta de 5,84%. A oferta foi considerada insuficiente pelos líderes dos vigilantes, que reivindicam o pagamento de um adicional de 30% periculosidade, benefício previsto em lei desde 10 de dezembro. No Paraná, as empresas já fazem um pagamento de 15,5%, além dos salários.
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De acordo com o sindicato da classe, foram mais de 500 agências fechadas e 11 mil trabalhadores parados na capital e região. A expectativa é que uma nova rodada de negóciações seja retomada neste sábado (2) para que os serviços sejam normalizados até segunda-feira.
Desde o início das discussões, o sindicato patronal relata que aguarda uma regulamentação do benefício por parte do Ministério do Trabalho e Emprego para garantir o pagamento do adicional de periculosidade de 30%.
Mobilização
A orientação de não abrir as agências partiu do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana. A lei prevê que os bancos não devem funcionar sem pelo menos dois seguranças por estabelecimento.
A paralisação, no entanto, irritou os clientes que buscavam serviços bancários. "Vim para ver o que acontece com a senha do meu cartão, que parou de funcionar. Não tem ninguém aqui. Tinha que ter vigilante porque a minha categoria, quando faz greve, precisa manter 30% dos funcionários na ativa. O banco tem utilidade pública, não pode acontecer esse tipo de coisa", reclama o funcionário público Jorge Luiz Rodrigues.
Para que a situação volte ao normal, a Febraban, que representa os bancos, exigiu das empresas de vigilância que outros profissionais fossem colocados à disposição das agências.
Interior
Em Londrina, a greve afetou todas as 130 agências e postos de atendimento da cidade. Ao todo, foram mais de mil vigilantes de braços cruzados a espera de um acordo. Já em Maringá, os seguranças aceitaram a proposta de 14,5% de aumento salarial e os serviços bancários não foram afetados.
Indústria
O sindicato dos vigilantes afirma que cerca de 70% dos seguranças das empresas da Cidade Industrial de Curitiba aderiram à paralisação ao longo do dia. Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, não houve troca de turno no final do expediente da tarde. Os vigilantes terceirizados que deveriam entrar por volta das 18h30 se recusaram a assumir seus postos. Nenhuma empresa confirmou se os seus vigias aderiram à paralisação.
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