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BALANÇO

Sem dividendos da Petrobras, lucro do BNDES cai 36% no 1º semestre

O lucro líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve uma queda de 36% no primeiro semestre deste ano, na comparação ao mesmo período do ano passado, para R$ 3,515 bilhões.

A forte queda na lucratividade do banco foi provocada pela queda das participações societárias, de R$ 3,598 bilhões. A causa disso foi especialmente a ausência de distribuição de dividendos da Petrobras.

Os dividendos são lucros distribuídos aos acionistas. Nos primeiros seis meses do ano passado, o BNDES havia recebido R$ 1,842 bilhão de dividendos da companhia. No mesmo período de 2015, o banco não recebeu nada.

“A queda foi motivada por fatores alheios à gestão do BNDES”, disse o banco em comunicado.

“Impairment”

Além disso, o BNDES fez provisões para perdas (o chamado “impairment”) no valor de R$ 1,155 bilhão no primeiro semestre deste ano, em comparação a despesas do gênero de R$ 336 milhões no mesmo período do ano passado.

Segundo o banco, o “impairment” do primeiro semestre foi motivado pela manutenção no patrimônio líquido do banco o valor de R$ 715 milhões reconhecidos como “despesa nas demonstrações da BNDESPar no primeiro trimestre do ano”.

Conforme o banco, a principal fonte de lucro da companhia foi a intermediação financeira (operação de crédito). No primeiro semestre deste ano foram R$ 9,29 bilhões, 54,9% superior ao mesmo período de do ano passado.

O banco destacou ainda que seus índices de inadimplência continuam baixos (0,05%) e a rentabilidade sobre o patrimônio foi de 8,44% no primeiro semestre deste ano. O índice de Basileia atingiu 17% no período, acima do exigido pelo Banco Central (11%).

A uma semana da CPI do BNDES no Congresso, o banco fez questão de pontuar que a alta “expressiva” da intermediação financeira, associada ao baixo índice de inadimplência, “reflete a boa gestão operacional do BNDES, alinhada às prioridades estratégicas do governo”.

Operação

O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 38,0 bilhões em junho de 2015, acima dos R$ 30,7 bilhões de dezembro de 2014. O aumento foi influenciado pela recuperação do valor de mercado de participações societárias e resultado do semestre.

No primeiro semestre de 2015, o retorno das operações do Banco representou 93,5% dos recursos desembolsados no período.

Com a divulgação do balanço da Petrobras e o plano de investimentos da companhia, o auditor independente que analisam o balanço do BNDES decidiu retirar a ressalva sobre a limitação de escopo das demonstrações financeiras.

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