A avaliação de que a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, não impedirá a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi reforçada à tarde com a informação de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, vai continuar a votação nesta semana. Com isso, o mercado financeiro devolveu na tarde desta segunda-feira (9) parte das perdas registradas após a divulgação da decisão de Maranhão.
Logo após o meio-dia, o dólar chegou a subir 4,75%, para R$ 3,675. O Ibovespa, principal índice da bolsa, bateu na mínima de 49.907 pontos (um recuo de 3,50%). A alta do dólar comercial desacelerou durante a tarde. Às 16h44, estava cotado em R$ 3,52 (valorização de 0,68%). O Ibovespa caía 1,18% às 16h23.
A reação negativa tem a ver com a expectativa do mercado financeiro de que a presidente fosse afastada do cargo ainda nesta semana. Os investidores nutrem a esperança de que a queda de Dilma e a ascensão de Michel Temer possam levar a um processo de ajuste nas contas públicas e à melhora dos indicadores econômicos, provocada, num primeiro momento, pela melhora da confiança na economia.
A percepção mudou ao longo da tarde, quando ficou mais claro que a decisão de Maranhão não contaria com amplo apoio, podendo ser ignorada pelo presidente do Senado.
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