Atividades foram retomadas nesta terça-feira (17)| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os trabalhadores da Refinaria Getulio Vargas (Repar) em Araucária, na Grande Curitiba, seguiram a recomendação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e terminaram com a greve nesta terça-feira (17). Ao todo, a paralisação durou 16 dias.

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Na avaliação do presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), Mário dal Zot, a produção na refinaria só deverá se normalizar daqui a dois dias.

De acordo com a estatal, desde o dia 9 de novembro, quando a greve nacional teve início, a extração de petróleo caiu em 5%, o equivalente a 100 mil barris/dia. Já a produção de gás natural é recuou 3%, com uma média de 1,5 milhão de metros cúbicos/dia.

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Na quinta-feira (12), a companhia ofereceu reajuste de 9,53% aos trabalhadores, a manutenção dos benefícios, a compensação de metade dos dias paralisados e a promessa de discutir o plano de reestruturação da empresa.

A proposta foi aceita em 10 dos 13 sindicatos coordenados pela FUP.

No Brasil

Ao todo, 10 de 17 sindicatos aprovaram o fim da paralisação, conforme a empresa. Entre os dissidentes estão alguns grupos da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, maior produtora do país, além de Minas Gerais e Espírito Santo.

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos, vai decidir em assembleia se continuará a paralisação.

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Apesar da manutenção da mobilização nas unidades, a avaliação das lideranças é que o movimento perdeu força nesta terceira semana, após a proposta de acordo coletivo da Petrobras.

Não há um balanço oficial de unidades de produção paralisadas e o impacto sobre a produção.

Representantes do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro NF), responsável pelos trabalhadores nas principais bases produtoras no Rio, estimam que as paralisações ocorram em até oito unidades de produção da Bacia de Campos, responsável por 65% da produção nacional.

Antes do acordo, entretanto, o número de adesões ultrapassava a marca de 50 unidades, sendo 30 produtoras de óleo.

Também foram registradas mobilizações no Terminal de Cabiúnas, em Macaé, e na sede da estatal, em Campos. Em Duque de Caxias, onde está localizada a Reduc, uma das principais do país, os trabalhadores já retomaram as atividades.

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A unidade teve piquetes durante o movimento, e o sindicato estimou em perdas de 30 mil barris de petróleo refinados por dia.

Agora, a orientação do sindicato é manter o “estado de greve”, que sinaliza que a categoria pode paralisar novamente caso não haja avanço nas discussões sobre alternativas ao plano de desinvestimentos da estatal.

Em Minas Gerais, a mobilização ocorre com piquetes e bloqueios na refinaria Regap e na termelétrica Aureliano Chaves.

Também há paralisação em bases no Espírito Santo, mas não há informações sobre o impacto na produção das unidades.

Segundo os dirigentes sindicais, a reivindicação principal dos trabalhadores é quanto ao desconto salarial da metade dos dias parados pelos grevistas.

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Primeira entidade a aderir ao movimento, a FNP já contabiliza 19 dias de greve, com paralisações em terminais da Transpetro em Belém, na unidade de Fertilizantes e em campos terrestres de Alagoas e Sergipe, além da refinaria RPBC, em Cubatão, no interior de São Paulo.