O governo central (composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) registrou superavit primário de R$ 11,21 bilhões em abril, alta de 48,4% em relação a março (R$ 7,55 bilhões) segundo divulgou nesta quarta-feira (30) o Tesouro Nacional.
O resultado de abril, mesmo positivo, ficou abaixo do R$ 15,5 bilhões registrados no mesmo mês do ano passado.Superavit primário é o quanto de receita o governo consegue economizar, após o pagamento de suas despesas, sem considerar os gastos com os juros da dívida.
As receitas subiram 13,4%, de R$ 70,8 bilhões em março para R$ 80,3 bilhões em abril. Já as despesas passaram de R$ 63,2 bilhões para R$ 69 bilhões, alta de 9,18%.
O Tesouro contribuiu com saldo positivo de R$ 16,6 bilhões, enquanto a previdência social (RGPS) e o banco Central apresentaram deficits de R$ 5,31 bilhões e R$ 76,8 milhões, respectivamente.
No acumulado de janeiro até abril deste ano, o superavit atingiu a soma de R$ 45 bilhões, 8,96% acima do registrado no mesmo período de 2011 (R$ 41,3 bilhões).A meta do superavit do governo para este ano é de R$ 96,9 bilhões. Com o resultado de abril, 46,4% já foi cumprida.
Entenda
Como o governo precisa reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), essa economia de receitas tem sido usada para pagar os juros desses débitos de modo a impedir seu maior crescimento e sinalizar ao mercado que haverá recursos suficientes para honrá-los no futuro.
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem mantido uma política de superavit altos quando comparados aos resultados obtidos pela maioria dos outros países. Em 2011, o superavit brasileiro foi de 2,26% do PIB (Produto Interno Bruto), acima dos 2,09% de 2010.
Em 2011, o superavit primário foi de R$ 93,51 bilhões, ultrapassando a meta para o ano, que era de R$ 91,8 bilhões. Em 2010, somou R$ 78,77 bilhões.