| Foto: EMMANUEL DUNAND/AFP

O Twitter vai passar a transmitir vídeos ao vivo, a partir desta terça-feira (12), diretamente na timeline do usuário. As transmissões virão do Periscope, app de streaming lançado pela companhia no ano passado.

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Hoje, só é possível divulgar o link da transmissão no Twitter e levar o usuário até o app de vídeos. Agora, inicialmente para usuários de sistema iOS, os sistemas estarão mais integrados, com o streaming aparecendo dentro dos tuítes.

Os vídeos vão aparecer em “autoplay” (automaticamente, como no Facebook). Quando o usuário clicar, eles vão aparecer em tela cheia -não será preciso ter uma conta no Periscope para assistir às apresentações ao vivo.

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O Periscope é uma das apostas do Twitter em sua saga para se manter relevante, mesmo com menos usuários do que rivais como o Facebook ou o Instagram (tem em torno de 310 milhões de usuários mensais, contra 1,5 bilhão do site de Mark Zuckerberg ou 400 milhões do app de fotos).

O aplicativo de vídeos foi comprado (por R$ 100 milhões, segundo a imprensa especializada) pela rede social antes de seu lançamento, em março do ano passado e acabou eleito o app do ano pela Apple -fato que fez as ações do Twitter na Bolsa subirem no dia do anúncio, em dezembro.

Ao colocar as transmissões do Periscope diretamente no Twitter, a rede social tenta dar mais visibilidade aos vídeos. “O Periscope tem 10 milhões de contas [dado de agosto], e mais de 310 milhões de pessoas estão logadas no Twitter todos os meses, então a oportunidade de os vídeos serem encontrados fica multiplicada várias vezes”, diz Guilherme Ribenboim, vice-presidente do Twitter na América Latina.

E há objetivos comerciais também. “As oportunidades para celebridades, marcas, personalidades da web e produtores de conteúdo também são multiplicadas várias vezes”, afirma o executivo.

E, para quem deseja mais visibilidade na rede social, vídeos são uma ferramenta importante. De acordo com Ribenboim, conteúdos com filmes são os mais retuitados na rede social e permitem atingir quem ainda não é seguidor: 50% das visualizações de vídeos são de pessoas que não seguem aquele usuário.

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“Vídeos são uma linguagem universal, de fácil entendimento, não é à toa que a TV ainda é tão importante”, afirma o executivo.

Por causa disso, outras redes sociais estão investindo forte no formato e, mais recentemente, em transmissões ao vivo -em dezembro, o Facebook anunciou que iria permitir que todos os usuários tivessem acesso à sua ferramenta de streaming.