O objetivo do Brasil de transformar o etanol em matéria-prima negociada no mercado internacional (commodity) sofreu um duro revés. Nesta quinta-feira, um dos principais comitês do Parlamento Europeu votou por modificar o pacote de leis para combater as mudanças climáticas e reduziu quase pela metade as metas de expansão do uso do etanol na União Européia até 2020.

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Pelo projeto original, a UE seria obrigada a importar biocombustível do Brasil para suprir sua meta. Com o corte, o comércio deve ser afetado. Os parlamentares acreditam que a Europa deve se focar em desenvolver carros movidos eletricidade e hidrogênio, e não com base no biocombustível.

A idéia da UE era a de ter 10% de seus veículos movidos a etanol até 2020. O Brasil esperava ocupar pelo menos um quinto desse mercado. Hoje, a Europa consome 20% das exportações brasileiras de etanol, com 2,1 bilhões de litros em três anos. Se a meta fosse mantida, a UE compraria do Brasil cerca de 2,8 bilhões de litros por ano até 2010 e 4,9 bilhões até 2020.

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