Depois de a Vale divulgar comunicado na terça-feira avisando o mercado que está negociando reajuste do minério de ferro com as siderúrgicas da Ásia, o presidente da empresa, Roger Agnelli, afirmou nesta quarta-feira que o aumento de preços para o minério de ferro é um processo que deve ocorrer mais para o próximo ano. "Essa é uma questão mais para o ano que vem. Este é um processo que a gente sempre conversa com naturalidade e não tem prazo para terminar", disse o executivo, após participar de reunião do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que reúne grandes empresários a fim de debater idéias que possam colaborar para o crescimento do País.
O presidente da Vale defendeu o fim do diferencial de preço entre contratos para Ásia e Europa. "Nós temos dois preços, um para o mercado europeu e outro parta o mercado asiático. Hoje não faz mais sentido ter mais o preço asiático. Então, estamos conversando com os clientes, com base nos contratos atuais, no sentido de fazer alguma correção." O reajuste para a Ásia teve desconto para compensar o alto valor do frete.
Motiva a negociação, segundo o executivo, o fato de o minério de ferro da Vale ter qualidade superior ao fornecido pelas grandes mineradoras internacionais. Agnelli disse que há uma grande demanda internacional por minério de ferro, o que faz com que a qualidade da commodity tenha caído nos últimos tempos. "As minas hoje no mundo inteiro estão no ritmo de produção muito forte e a qualidade do minério tem piorado fortemente. Isso faz com que a qualidade do nosso minério, principalmente o minério de Carajás, tenha um diferencial, um premium, em relação ao resto do mercado", argumentou.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião