O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (21) manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 8,75% ao ano. Foi a segunda vez que o governo manteve a taxa inalterada. O percentual é também o mais baixo para a Selic na história.

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Veja o que economistas e entidades disseram da decisão:

"Essa era a maior barbada. No momento atual, faz parte do que o mercado está esperando. O Banco Central não sabe exatamente qual vai ser o impacto da retomada da economia no ano que vem. Se a economia se solidificar, se o Brasil realmente crescer, é esperado que a taxa seja elevada no ano que vem, a partir do fim do primeiro trimestre. A aposta do mercado é de um estouro da capacidade de produção e de pressão inflacionária, até por conta dos gastos do governo em um ano eleitoral."

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Alexandre Chaia, economista e professor de finanças da escola de negócios Insper

"O quadro econômico atual caracteriza-se pelo desempenho da inflação dentro da meta e por sinais de que está em curso uma recuperação mais consistente, com as estatísticas indicando uma aceleração da geração de emprego nos últimos dois meses, na esteira da alta da atividade econômica. Somado à política fiscal caracterizada como expansionista, a decisão de manter a taxa Selic não surpreende. Considerando o panorama da economia global, está cada vez mais claro que o país tem um espaço de destaque a ocupar, espaço que será tão maior quanto mais rápido forem enfrentados os entraves para o aumento da competitividade das empresas brasileiras."

Diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro