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Comércio Exterior

Venda de veículos importados no Brasil tem queda de 14% em abril

Seguindo o ritmo da indústria automobilística nacional, o número de emplacamentos de veículos importados apresentou queda de 13,98% em abril, com 7.497 unidades contra 8.716 registradas em março deste ano. Os dados divulgados nesta quinta-feira (13) são referentes ao emplacamento das 22 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva).

"Nós já esperávamos a queda, assim como ocorreu na indústria nacional, mas ela foi menor que a redução de 22,3% registrada no mercado em geral. Por isso, podemos dizer que abril foi um mês bom para os veículos importados", afirma José Luiz Gandini, presidente da Abeiva.

De acordo com Gandini, as vendas no último mês também foram prejudicadas pela alta procura por veículos em março, o que reduziu os estoques. "Nós não temos a mesma agilidade da indústria nacional para repor os veículos", disse o presidente. "Do pedido do modelo importado à chegada ao Brasil são necessários, em média, quatro meses."

No entanto, na comparação com abril de 2009, quando foram comercializadas 2.585 unidades, o crescimento é de 190%. O aumento nas vendas é ainda mais significativo no acumulado do ano. De janeiro a abril de 2010, foram emplacadas 26.708, contra 9.034 veículos no mesmo período de 2009, alta de 195,6%.

Ao considerar somente o montante de vendas obtido pelas 14 montadoras filiadas à associação em abril de 2009 e abril de 2010, o crescimento é de 149,2%, com 6.441 unidades no último mês, contra 2.585 no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano também houve aumento de 150,8% nas vendas. Foram 22.658 unidades em 2010, contra 9.034 em 2009.

As vendas no atacado seguem a queda no número de emplacamentos, com redução de 18,5% em abril em relação a março. Na comparação entre abril de 2009 e de 2010, o crescimento observado é de 213,5%. Já no acumulado do ano a alta é de 199,1%, com 29.217 unidades vendidas entre janeiro e abril de 2010, contra 9.767 unidades do mesmo período de 2009.

Até o final do ano, a Abeiva projeta vender para o atacado 80 mil unidades, um crescimento de 70% em relação a 2009. "A estimativa das associadas à entidade é superior a projeção atual, mas não devemos passar esse número, pois não há tempo de trazer muitas novidades até o final do ano", afirma Gandini lembrando que homologação de modelos importados demora entre cinco e seis meses no Brasil. As associadas já confirmam pelo menos 37 lançamentos entre novos produtos e reestilizações em 2010.

Retaliação aos Estados Unidos não deve acontecer, diz Abeiva

O presidente da Abeiva afirmou durante a coletiva de imprensa que na útlima sexta-feira (7), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que um documento será entregue em 60 dias para impedir a retaliação aos Estados Unidos, que prevê elevar a alíquota de importação de automóveis e motocicletas de 35% para 50%.

"Segundo o ministro, houve um acordo e a retaliação não vai acontecer", disse Gandini. "Essa é uma boa notícia para as marcas Jeep e BMW que trazem alguns modelos dos Estados Unidos", afirma o presidente da Abeiva. Caso a retaliação aconteça, os veículos importados sofrerão um acréscimo entre 10% e 12% no valor final. A projeção da Abeiva é que todas as associadas arrecadem aos cofres públicos cerca R$ 2 bilhões em impostos em 2010.

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