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Com o protesto dos caminhoneiros em greve entrando no terceiro dia nesta terça-feira (31), a Via Dutra tem duas faixas interditadas em cada sentido na altura de Barra Mansa, Porto Real, Resende e na Serra das Araras. Motoristas encontram um total de 21 quilômetros de engarrafamento para o Rio e 14 quilômetros para São Paulo.

Duas faixas foram liberadas durante a tarde de segunda-feira após negociações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com líderes do movimento, mas por volta das 3h desta segunda mais uma faixa foi bloqueada. Mais cedo, o sentido Rio havia ficado seis horas interditado durante a manhã.

Os grevistas têm quatro pontos diferentes de bloqueio na via. No sentido Rio, estão no trecho de Resende (km 302) a Barra Mansa (km 273), que já tem 19 quilômetros de engarrafamento. Para São Paulo, a via está parcialmente interditada na altura da Serra das Araras (km 228), com dois quilômetros de lentidão, e em Barra Mansa, onde o congestionamento tem 12 quilômetros.

Desde domingo, a CCR Nova Dutra, concessionária que administra a via, recomenda que os motoristas evitem os trechos com bloqueios, mesmo com os grevistas permitindo a passagem de carros e ônibus pelas faixas que estão liberadas em ambos os sentidos.

Ministro terá reunião com grevistas nesta terça

O impasse entre caminhoneiros e o governo federal que levou a categoria a parar a rodovia fez acender o sinal amarelo em Brasília. Preocupado com o aumento do número de manifestações, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, receberá a categoria nesta terça-feira para discutir a pauta de reivindicações e estudar uma saída para a crise.

No início da tarde, o ministro conversará com representantes da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), contrária à greve dos transportadores de carga. Para a entidade, que considera que o governo tem se mostrado sensível aos pedidos do setor, a paralisação representa um retrocesso. Às 16h, Passos conversará também com membros do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que convocou entidades de caminhoneiros autônomos em todo o país e deu inicio à mobilização na última quarta-feira, dia de São Cristóvão, padroeiro da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos, Francisco de Bitencourt Ferreira, os caminhoneiros protestam contra a Lei 12.619, de 30 abril de 2012, que regulamenta a jornada de trabalho da categoria. A norma obriga o trabalhador a ter descanso de onze horas entre duas jornadas de trabalho, uma hora por dia de parada para almoço e repouso de 30 minutos a cada quatro horas rodadas, além de limitar a jornada a oito horas diárias. Se não cumprirem esta carga horária, os motoristas podem ser multados pela Polícia Rodoviária Federal.

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