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SETOR AUTOMOTIVO

Volvo suspende contratos de 407 funcionários em Curitiba

Linha de produção da Volvo na CIC: suspensão de contratos foi negociada com os trabalhadores. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Linha de produção da Volvo na CIC: suspensão de contratos foi negociada com os trabalhadores. (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

Em meio à forte queda de suas vendas, a Volvo suspendeu temporariamente na quarta-feira (1.º) os contratos de 407 trabalhadores de sua fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). As informações são do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). Segundo a Volvo, a suspensão temporária, também conhecida como layoff, vai até 15 de dezembro.

O regime de layoff está previsto na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). O trabalhador com contrato suspenso recebe seguro-desemprego do governo por até cinco meses, e a empresa complementa o pagamento, de modo que o funcionário receba o equivalente a seu salário normal. Ao fim do período de layoff, os trabalhadores podem ser reintegrados ao trabalho ou dispensados, a critério da montadora.

Greve

Entre 8 de maio e 1.º de junho, mais de 2,5 mil funcionários da Volvo paralisaram os trabalhos, na maior greve da história da montadora em Curitiba. Eles protestavam contra o plano da companhia de reduzir a participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 30 mil para R$ 15 mil, em troca da manutenção dos empregos até o fim do ano – a empresa argumentava que a queda na produção, provocada pela crise econômica, gerou um excedente de 600 funcionários.

No acordo, o PLR foi mantido em R$ 30 mil, desde que atingido o mesmo volume de produção de 2014, com primeira parcela de R$ 8 mil. Empresa e funcionários também acertaram as condições de um plano de demissões voluntárias (PDVs), além de correção salarial pela inflação.

Correção

A Gazeta do Povo havia publicado na manhã desta quinta-feira (02) que, pelo acordo firmado com os trabalhadores, a Volvo havia se comprometido a pagar o salário integral dos funcionários por dois meses além da duração do layoff. Na verdade, segundo a montadora, esses dois meses “extras” se referem à compensação de banco de horas e paradas de produção anteriores.

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