Ministro da Economia espanhola Luis de Guindos afrouxa a gravata após anúncio de plano europeu de resgate que garantirá 100 bilhões de euros para socorrer sistema bancário do país ibérico| Foto: Paul Hanna/Reuters

Os ministros das Finanças da zona do euro aceitaram neste sábado (9) emprestar à Espanha até 100 bilhões de euros (US$ 125 bilhões) para ajudar os bancos espanhóis em dificuldades, e Madri disse que especificará de quanto precisa assim que as auditorias independentes acabarem, em uma semana.

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Após a reunião dos 17 ministros, que durou duas horas e meia e muitas fontes descreveram como acalorada, o Eurogrupo e Madri disseram que o valor do resgate será suficientemente grande para não deixar dúvidas.

"O valor do empréstimo deve cobrir as necessidades de capital estimadas e uma margem adicional de segurança, estimados em até 100 bilhões de euros no total", acrescentou.

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A Espanha disse querer ajuda para os bancos, mas não vai especificar de quanto precisa até duas auditorias independentes -de Oliver Wyman e Roland Berger- entregarem os pareceres sobre a necessidade de capital pelo setor bancário, o que acontecerá até 21 de junho.

"O governo espanhol declara a intenção de pedir financiamento europeu para a recapitalização dos bancos que precisam", disse o ministro da Economia, Luis de Guindos, em coletiva na capital espanhola.

Um resgate aos bancos, atingidos pela crise imobiliária, faria da Espanha o quarto país a pedir ajuda desde que a crise de dívida da Europa começou.

Com o resgate da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) já comprometeram cerca de 500 bilhões de euros para financiar resgates europeus.

O FMI não contribuirá para o plano de resgate, mas foi convidado "para ajudar na implementação e no monitoramento da ajuda financeira com pareceres regulares".

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