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Decorar fórmulas de matemática ajuda a resolver questões simples, mas não a enfrentar problemas mais complexos. Esta é a conclusão de uma análise feita a partir do desempenho de alunos de 15 anos de 64 países, relatado na última edição do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), da OCDE.

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Em uma bateria de testes, 87% dos alunos – tantos os que disseram usar a memória como estratégia quanto os que não o fazem como prioridade – acertaram as questões mais fáceis. Ao chegar a uma das questões mais difíceis, que exigia mais raciocínio, com diferentes passos para chegar à conclusão e inspirada em situações reais, os alunos que relataram estudar pela ‘decoreba’ foram quatro vezes pior que os outros.

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De acordo com o Pisa, menos estudantes do leste asiático – como Hong Kong, Japão, Coreia, China e Vietnã – afirmam usar a memorização para aprender se comparados a países como o Brasil, Canadá, Irlanda, Estados Unidos, Austrália, Espanha, Uruguai e Inglaterra. Em geral, os alunos asiáticos, mais do que decorar, preferem tentar entender os conceitos matemáticos. O levantamento mostrou também que as meninas usam mais a memorização, em comparação com os meninos, em todos os sistemas de educação.

Para os consultores da OCDE, a memorização não deixa de ser essencial na aprendizagem. Ela é a base para a reflexão, ajuda a reduzir a ansiedade na resolução dos problemas e dá a fluidez de raciocínio necessária para problemas difíceis. Mas para conseguir um desempenho de excelência, é preciso estudar a matéria de uma forma mais reflexiva, encontrando diferentes soluções para os mesmos problemas e fazendo conexões – e, nesse caso, a memória pode ser utilizada, mas apenas como uma boa ferramenta.