Pode acreditar não é só você que olha o vestibular como um bicho de sete cabeças. Ele também já aterrorizou gente que hoje está muito bem na vida e que quando olha para trás vê que o "vestiba" foi só uma fase. O médico e diretor clínico do Hospital Vita, Jackson Badui, afirma que além de estudar muito, fatores como força de vontade e estrutura emocional são fundamentais para quem quer passar por essa fase sem muitos traumas.
E ele que o diga! Muito bem preparado e com as matérias na ponta da língua, ou melhor, da caneta, Badui estava certo que passaria na Universidade Federal de primeira. "Eu estava passando as respostas para o cartão, e na questão número 26 eu repeti a resposta da 25, daí em diante respondi todas erradas e só fui perceber quando cheguei na última. Fiquei desesperado. Claro que não passei, mas me agilizei e consegui pegar o último dia de inscrição da PUC, daí passei", conta o médico que sabe o motivo do seu erro: "Eu estava extremamente preparado no conteúdo, mas meu psiquismo não estava", diz o doutor que receita muita calma nessa hora.
Aliás, tranqüilidade é uma excelente pedida, já que o momento é tenso por si só como diz o economista, comentarista da CBN e vice-reitor do centro Universitário Positivo (Unicemp), José Pio Martins, que lembra desses momentos de pressão em seu teste seletivo de 1975. "O que mais me afligia era a questão do tempo. Tinha medo de não conseguir responder tudo", conta o economista que hoje acredita que o mais importante é estar certo da profissão escolhida.
O diretor de regional de vendas da Xerox do Brasil, Sérgio Furtado, vai além e acredita que não passar no primeiro vestibular, mudar de curso no meio do ano ou ter que parar a faculdade por causa da mensalidade não impedem o sucesso profissional de ninguém. Aliás, para ele, essas experiências são válidas. "Tive que parar a faculdade de medicina por causa da mensalidade, quando fui fazer outro vestibular decidi apostar em processamento de dados e acabei me dando muito bem", diz Furtado que aconselha os estudantes a encararem o vestibular apenas como uma etapa da vida.
Boa prova de que esse é o caminho é o engenheiro elétrico Juliano Menegazzo Souza que tentou vestibular três vezes, mas hoje trabalha na Siemens Brasil. E olha que seu ingresso na faculdade só chegou de carona na sexta chamada da Universidade Federal. "Eu estava fazendo o Cefet então tentava vestibular sem compromisso eu ia calmo fazer a prova. Coloquei na cabeça que depois que acabasse o curso técnico ia me preparar decentemente. Eu não tinha pressão e daí acabei passando", conta o rapaz que está certo que fracassar no vestibular não significa maus ventos na vida profissional. "O grande segredo é não desistir", aconselha.
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