Subiu para 420 o número de escolas ocupadas em todo o estado nesta sexta-feira (14), segundo o movimento Ocupa Paraná. Nenhum colégio foi desocupado desde o começo do levante, em 3 de outubro, de acordo com a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes).
As ocupações ocorrem em 88 das 399 cidades do estado. Curitiba continua sendo a sede das maiores ocupações: já são 69 escolas ocupadas.
Na segunda-feira (10), eram em torno de 100 colégios ocupados. O estado tem 1.525 unidades com ensino médio regular.
Além das escolas, três campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Toledo, Cascavel e Marechal Cândido Rondon, o campus de Laranjeiras do Sul da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e os campus de União da Vitória e Paranaguá da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também participam do protesto.
Novas ocupações começaram nesta sexta-feira (13) em União da Vitória, São Jorge D’Oeste, São João do Triunfo, Sarandi, Rio Negro, Santa Helena, Rio Branco do Iguaçu, Palotina, Nova Esperança, Missal, Paiçandu, Cruzeiro do Iguaçu, Antonina e Araruna.
O movimento Ocupa Paraná protesta contra as medidas do governo federal que limitam gastos para a educação, preveem a flexibilização de disciplinas dos currículos escolares e ampliam o período de ensino nas salas de aula. Além da ocupação dos alunos, os professores do estado aprovaram em assembleia em Curitiba, na quarta-feira (12), uma greve geral que deve ser iniciada na próxima segunda-feira (17).
Reintegrações
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) não respondeu quantos pedidos de reintegração de posse foram feitos nos últimos dias, mas afirmou, em nota, que “que encaminha a documentação necessária sobre toda ocupação de escola estadual para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), para realização dos procedimentos necessários”.
A PGE informou, por sua vez, em nota, que o Estado tem ingressado com ações de reintegração para resguardar a integridade do patrimônio público e garantir o direito dos alunos que querem aulas. No entanto, “independentemente do número de liminares concedidas na Justiça ou de ações protocoladas, o Estado prioriza o diálogo tanto na definição sobre a implantação no Paraná da reforma do ensino médio prevista na Medida Provisória 476, do governo federal, quanto na desocupação pacífica das escolas”.