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Intercâmbio

Reta final para garantir bolsa de mestrado no CsF

O engenheiro Felipe Rechia teve de ir a Porto Alegre para fazer exame de proficiência em inglês. | Hugo Harada / Gazeta do Povo
O engenheiro Felipe Rechia teve de ir a Porto Alegre para fazer exame de proficiência em inglês. (Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo)

A ausência de bolsas para mestrado no exterior pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF) frustrou muita gente e era alvo de críticas recorrentes desde o lançamento do projeto, em 2011, já que os auxílios eram destinados apenas a alunos de graduação e doutorado. Com o anúncio feito pelo governo federal em dezembro, parte dessa lacuna foi coberta. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) está oferecendo mil bolsas para mestrado profissional nos Estados Unidos. As inscrições seguem até 31 de janeiro e os aprovados começam as aulas em agosto.

Enquanto um mestrado comum capacita o estudante para a carreira acadêmica, o mestrado profissional é destinado a pesquisadores que atuam no mercado de trabalho. A modalidade existe em várias instituições do país, mas é mais comum nos EUA, onde é intensa a participação das empresas em pesquisas de inovação.

A nova modalidade do CsF foi criada justamente para importar essa cultura de desenvolvimento científico focada no setor produtivo, explica Areta Galat, coordenadora do Departamento de Relações Internacionais do Education USA, órgão vinculado ao governo norte-americano que gerencia o intercâmbio de estudantes brasileiros nos EUA.

"Tem-se percebido que a formação de engenheiros, por exemplo, não tem correspondido às expectativas do mundo corporativo, que exige mais do que conhecimento técnico", diz Areta. Segundo ela, muitas universidades americanas resolveram esse problema mesclando disciplinas de Exatas ao treinamento de habilidades necessárias a quem atua no setor de negócios.

Como já ocorria com as bolsas para doutorado e graduação, a oportunidade de mestrado profissional está aberta para um número limitado de áreas do conhecimento e não são poucos os procedimentos exigidos dos candidatos. Portanto, não perca tempo!

Fique de olho

Pré-requisitos

Só podem participar brasileiros graduados entre 1998 e agosto de 2014. O candidato precisa ter pontuação mínima em exame de proficiência em língua inglesa aceito pelas instituições norte-americanas. No Toefl, a nota mínima exigida é 79 e no Ielts, 6,5. Os exames são aplicados em datas específicas por apenas algumas escolas de idiomas e devem ter sido aplicados depois de 1º de fevereiro de 2012. Além disso, os interessados têm de apresentar o resultado do General Graduate Record Examination, teste que mede a capacidade de raciocínio verbal, quantitativo e analítico de candidatos que pretendem ingressar em instituições americanas. Curitiba é uma das nove cidades do país em que o teste é aplicado. Mais informações sobre os exames no site educationusa-cienciasemfronteiras.org ou pelos telefones (41) 3352-8693 e 2105-4444.

Inscrição

Os candidatos devem preencher cadastros em dois sites diferentes até 31 de janeiro. É preciso criar um currículo na Plataforma Lattes (lattes.cnpq.br) e responder o formulário On-line Application Form, do Institute of International Education (IIE), entidade que mediará o contato dos candidatos com as instituições de destino – o link está no site do CsF. O cadastro pede informações sobre o histórico escolar do candidato, que será avaliado pelas universidades indicadas a partir dessas informações. Nesse site, também devem ser anexados arquivos em PDF dos comprovantes de testes de proficiência e GRE.

Escolha das universidades

Na fase de inscrição, o candidato pode indicar três instituições – entre as que aderiram ao Ciência sem Fronteiras – onde gostaria de cursar o mestrado profissional. No site do On-line Application Form há uma lista de cursos disponíveis, mas a indicação das preferências não dá garantias de que o estudante será aceito em uma das instituições escolhidas. Caso as três universidades apontadas rejeitem a inscrição do candidato, o IIE deve sugerir ao estudante outras instituições que podem aceitar a candidatura. O processo é parecido com o do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), usado no Brasil.

Bolsa

O valor da bolsa paga pela Capes será de US$ 1.150, durante 21 meses. O bolsista ainda receberá auxílio-instalação (em parcela única, no mesmo valor da bolsa) logo que chegar aos Estados Unidos. As passagens aéreas de ida e volta também serão pagas pelo governo brasileiro, bem como o seguro saúde, pago à universidade, que deve providenciar o benefício para o estudante. Candidatos aceitos em universidades localizadas em cidades com alto custo de vida, como Nova Iorque, Washington e Los Angeles, também podem receber um valor adicional de US$ 400.

Viagem

Cabe ao candidato viabilizar a documentação necessária para a obtenção de visto e passaporte. A Capes não se envolverá nesses procedimentos e nem se responsabiliza por taxas cobradas para a retirada dos documentos.

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