Soluções inovadoras ocorrem com o propósito de melhorar a vida das pessoas, arrumando algo ou prevenindo que o que é bom desapareça. A definição é de alguém que, aos 19 anos, teve a ousadia de se aventurar como empreendedor e hoje é presidente da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Gustavo Caetano, 33 anos, coleciona títulos cobiçados no mundo do empreendedorismo e da inovação e está à frente do Samba Group. Eleito recentemente como um dos dez brasileiros mais inovadores pela MIT Technology Review, ele já foi convidado para dar palestras no Massachusetts Institute of Technology (MIT), na Organização das Nações Unidas (ONU) e na Nasdaq. Caetano almeja estar sempre envolvido em projetos inovadores, sem abrir mão da diversão. Em suas apresentações, lembra que, para empreender, é preciso enxergar problemas pequenos que as grandes empresas não veem e prestar atenção nos erros para evoluir. Confira trechos da entrevista cedida à Gazeta do Povo:
Você diz que, na área das startups, ou você inventa ou perde espaço. Ter uma boa ideia parece ser o primeiro passo. Como vender essa ideia?
Sempre digo que é preciso agir. Se ficar só no planejamento, dificilmente conseguirá avançar com o projeto. Muita gente pode ter uma ideia, mas é a sua capacidade de fazer acontecer que é o grande diferencial. Gosto muito da expressão: stop talking, start (up) doing [pare de falar, comece a fazer]. O investimento pode vir de várias formas: programas de fomento a inovações, investidores-anjo e até algum amigo ou familiar.
Por que empreender no Brasil é difícil?
Ainda temos alguns entraves burocráticos, o que dificulta muito, além da cultura, que não é focada no empreendedorismo, na inovação, no seguir pelo próprio caminho. Poucas pessoas pensam em empreendedorismo como carreira. Creio que esse cenário está mudando aos poucos e este é um dos meus objetivos de vida.
Como é seu trabalho hoje?
Temos um grupo de internet focado em soluções de comunicação digital corporativa e educação a distância, pensando sempre em inovações tecnológicas. Criei a Samba para revolucionar o mercado digital, mas também para que ela pudesse ser um espaço no qual me divertisse. Sempre comento com meu time que essa cultura é um grande diferencial.
Ainda há espaço para novas startups surgirem? Qual seria o caminho?
Sem dúvida. Há sempre espaço para inovação e novas possibilidades. Para os jovens, meu conselho é observar tudo que está ao seu redor e viver as experiências com atenção. Seja numa ida ao médico, no supermercado, na escola... há muita chance de empreender e inovar.
A jornalista participou do Workshop Educação & Inovação a convite da Universidade Estácio.