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Intercâmbio

Com o inglês afiado para garantir uma bolsa no exterior

 | Felipe Lima / Ilustração
(Foto: Felipe Lima / Ilustração)

Estudantes interessados em participar do programa federal Ciência sem Fronteiras e que ainda não dominam o inglês – requisito necessário para se inscrever e uma barreira para muitos alunos – terão uma chance para aprender e aprimorar o idioma. Até 2014, o governo federal vai selecionar 110 mil universitários para fazer um curso pelo programa Inglês sem Fronteiras.

Embora o Ministério da Educação (MEC) ainda não tenha definido uma data para a abertura das inscrições – o que deve ocorrer ainda neste ano –, sabe-se que a seleção levará em conta o desempenho do aluno em um teste de proficiência – o Toefl (Test of English as a Foreign Language ou, em tradução livre, Teste de Inglês como Língua Estrangeira). O exame mostrará o nível de aprendizado em que o estudante se encontra.

Os 100 mil interessados com os melhores resultados receberão senhas para estudar, a distância, pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC. Outros 10 mil estudantes participarão de um curso presencial.

A ideia do programa é facilitar o aprendizado da língua para quem tem interesse em estudar fora do país. "Vamos começar com o Ciência sem Fronteiras, depois com a graduação e o ensino médio, até o momento em que conseguiremos chegar ao ensino fundamental", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Ciência sem Fronteiras

O programa foi criado pelo governo federal em julho de 2011 para levar 75 mil jovens para estudar fora do país até o final de 1014. A ideia é que eles façam parte da graduação no exterior, a chamada graduação-sanduíche. A falta de domínio em inglês é apontada como uma barreira para que alunos tenham acesso aos benefícios do programa.

Grã-Bretanha reduz exigência por idioma

Agência Estado

A alta taxa de reprovação dos estudantes que concorreram a uma bolsa do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na Grã-Bretanha, em decorrência principalmente do nível insatisfatório do inglês, levou o governo brasileiro, a embaixada britânica e a Universities UK (que intermedeia a relação dos bolsistas com as instituições) a reduzirem a pontuação mínima exigida nos exames de certificação. A medida é paralela ao programa Inglês sem Fronteiras.

"Gostaríamos de ver ocupada a maior parte das vagas ofertadas pelas 110 universidades britânicas. Por isso, a partir deste ano os alunos que atenderem aos requisitos do programa, mas não atingirem a nota mínima em seus exames de proficiência, serão beneficiados com cursos de inglês intensivos na Grã-Bretanha", afirmou Jaqueline Wilkins, consultora em Educação da embaixada britânica.

Das 4 mil bolsas destinadas até agora pelo Ciência Sem Fronteiras para brasileiros estudarem no país, apenas 1,8 mil (45%) foram preenchidas. A redução da pontuação mínima consta em uma das retificações do edital do CsF, que teve suas inscrições encerradas no dia 25 de janeiro.

A nota mínima no Toefl caiu de 72 para 42 pontos. No Ielts, outro exame de proficiência, a exigência passou de 5,5 para 4,5 pontos em até duas habilidades. Além disso, o candidato que não conseguir a nota necessária terá de participar de um curso intensivo de inglês na Grã-Bretanha, com duração de três ou seis meses, bancado pelo governo brasileiro.

As aulas da língua estrangeira serão antes e durante os estudos acadêmicos. Ao final do curso, os candidatos precisarão se submeter a um novo teste de proficiência. Quem não conseguir as pontuações estabelecidas será obrigado a retornar ao Brasil.

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