Representantes dos professores em greve se reúnem nesta quarta-feira (1º), às 19 horas, com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para dar uma resposta oficial à proposta de reajuste salarial feita pelo governo no dia 24 de julho. Das instituições federais em greve, 53 rejeitaram a oferta do governo, segundo informações do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
O governo federal ofereceu reajuste de 25% a 40% a ser aplicado em três anos ao salário dos docentes, em lugar dos aumentos a partir de 12% inicialmente sugeridos. No entanto, a posição do Andes é que reivindicações importantes acerca de progressão de carreira, gratificações e avaliação de desempenho não foram contempladas.
"Isso mostra que até o momento o governo não ouviu os docentes, pois nós apresentamos uma proposta de reestruturação da carreira e ele propõe aparente esvaziamento conceitual e expressão de valores nominais em tabelas, que conduzem a uma desestruturação ainda maior da atual carreira", argumentou a presidente do Andes, Marinalva Oliveira.
Serviço público
Os professores são apenas um dos 29 setores do funcionalismo público paralisado. Servidores federais de várias categorias que estão em greve promoveram um ato de protesto na Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba, nesta quarta-feira (1). O motivo da manifestação foi o anúncio feito pelo Ministério do Planejamento na terça-feira (31), suspendendo a reunião de negociação com os grevistas que estava agendada para esta data. Para os servidores, o adiamento desses encontros para meados de agosto é preocupante, já que as reivindicações das categorias estão sendo ignoradas e há o risco de os reajustes salariais não serem incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2013.
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