Produção estadual cresceu 11 vezes
Dois encontros ocorridos no Paraná nos últimos dez dias reuniram estudantes para trocarem experiências e apresentarem os trabalhos de iniciação científica desenvolvidos. Um deles a 20ª edição do encontro anual de Iniciação Científica, em Ponta Grossa mostrou a expansão dos trabalhos de iniciação nas universidades estaduais. Em duas décadas, o total de trabalhos cresceu 11 vezes, passando de 274 apresentações, em 1991, para 3.043 neste ano. Já a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) sediou em Curitiba o XIX seminário de Instituição Científica, que reuniu 216 pesquisas de alunos de graduação e pós-graduação.
Um dos projetos apresentados em Ponta Grossa é o de uma cadeira de rodas comandada por sopro ou sucção, de preço acessível, voltada a pessoas tetraplégicas.
A cadeira foi idealizada pelo professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Walter Germanovix, em 2000, e a viabilidade foi demonstrada através do trabalho desenvolvido pelo ex-aluno de mestrado da instituição Cláudio Lopes Ferreira. Atualmente, o projeto está sendo aperfeiçoado por um grupo de alunos da graduação em Engenharia Elétrica da universidade.
David Pereira da Silva Junior é um dos sete alunos envolvidos no projeto. Ele é responsável por estudar uma interface de comando que substitua o joystick do produto convencional. Já Pedro Luiz Elero Junior pesquisa um mecanismo de controle de velocidade da cadeira. "Acredito que, a partir do ano que vem, será possível decidir qual sistema vai ser usado no protótipo", salienta Elero.
Universitários que pretendem seguir a carreira acadêmica e dar continuidade à formação em pós-graduações, mestrados e doutorados devem estar acostumados a fazer pesquisas. Programas de iniciação científica fazem parte do caminho para que o estudante se familiarize com esse ambiente e descubra as temáticas com que tem mais afinidade. Muitas oportunidades aparecem dentro da faculdade e chegam a ser remuneradas. É preciso estar atento aos editais do curso e manter contato com os professores para ter conhecimento de novas vagas.
O primeiro passo é a escolha de um tema e de uma pergunta de pesquisa para a qual o trabalho deverá, pelo menos, apontar um caminho de resposta. Além disso, toda pesquisa de iniciação deve ser supervisionada por um orientador com título de mestre ou doutor.
Atualmente, nas seis universidades estaduais do Paraná são desenvolvidos aproximadamente 3 mil projetos em todas as áreas do conhecimento. Nesse universo, cerca de 50% dos estudos estão ligados a cursos de graduação dos setores de Ciências Agrárias, Tecnológicas, Exatas, Biológicas e da Saúde.
Segundo a diretora da Divisão de Pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Alaine Margarete Guimarães, essas áreas têm mais tradição na produção científica e, por isso, destacam-se no cenário estadual. "A iniciação científica faz o aluno sair das quatro paredes de uma sala. Ele aprende a aplicar a teoria e se depara com coisas que não são vistas em sala, problemas específicos. Além de ter contato com a realidade do mercado de trabalho da área."
Incentivo
A pesquisa pode ocorrer de forma voluntária, mas algumas instituições oferecem bolsas para incentivar o trabalho. No Paraná, o principal órgão financiador de projetos de iniciação científica é a Fundação Araucária. Os estudantes concorrem às bolsas em processos seletivos organizados dentro das próprias instituições de ensino superior. O valor da bolsa é R$ 360 mensais, com duração de um ano. Neste ano, a fundação ofereceu cerca de 2,5 mil bolsas para projetos desenvolvidos por estudantes de graduação. Desse total, aproximadamente mil são destinadas especificamente para universitários que cursaram o ensino médio em escola pública.
ServiçoPara mais informações entre no site www.fundacaoaraucaria.org.br. Nacionalmente, é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que oferece bolsas de iniciação científica, www.cnpq.br.
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