A fazenda experimental da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) ganhou em março um novo e aguardado morador. Bono é o primeiro potro nascido de inseminação artificial gerado na instituição. Embora o procedimento seja comum em clínicas veterinárias que trabalham com a reprodução de equinos, são poucas as universidades que ensinam a técnica na prática, chegando a gerar um novo animal. O domínio da técnica é um importante diferencial para os estudantes no mercado de trabalho, dizem especialistas.
Conforme conta a coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Ana Laura Angeli, a inseminação ocorreu em abril de 2013 e, desde então, os 11 meses de gestação foram cuidadosamente acompanhados pelos alunos. "Havia muita torcida a cada ultrassom", diz. Segundo ela, o momento de maior entusiasmo foi quando a prenhez foi confirmada. O resultado positivo constatava que tanto a inseminação como a posterior transferência do embrião de uma égua para outra haviam sido bem sucedidas.
Todo o processo, que durou pouco mais de um ano, foi conduzido no Centro Rural Universitário Fazenda Pé da Serra, propriedade rural da UTP em São José dos Pinhais, onde estudantes de graduação e pós-graduação em Veterinária fazem aulas práticas. Foram várias as etapas acompanhadas pelos acadêmicos, como a sincronização do cio de égua doadora e receptora, a inseminação artificial; a coleta do embrião e inclusão em outro útero; e, finalmente, a confirmação da prenhez e o acompanhamento da gestação na receptora.
Realização
Depois de tanto tempo de expectativa, Ana Laura conta que toda a equipe se sente realizada. "É gratificante. As técnicas são delicadas e os riscos de não dar certo são grandes."
Bono está prestes a completar três meses, deve ser um futuro garanhão na fazenda experimental ou em algum haras, mas já se tornou o xodó do curso de Medicina Veterinária da UTP.