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Quero falar um pouco de história, não sem antes deixar de dizer que foram tranquilizadores os resultados obtidos por Atlético, Coritiba e Paraná. O melhor de todos quem conseguiu foi o Rubro-Negro. Ao derrotar o Vitória, os atleticanos fizeram o mergulho tão esperado sentindo o frescor das águas sagradas que banham o acesso à Série A.

Dentro do G4, o Atlético deve se concentrar no futebol. A política interna do clube, bastante conturbada, deve ser administrada pelos que sabem lidar com a matéria. Os embaraços da Copa alcançam o íntimo do Atlético. Mas não só as vísceras do clube estão expostas. As obras de responsabilidade do poder público estão empacadas e a tendência é continuarem assim por algum tempo. Parece que estão vazando pelo ralo com a derrota eleitoral de Luciano Ducci, um entusiasta da Copa do Mundo agora recolhido ao seu gabinete.

Seria interessante um depoimento de Requião sobre sua participação nos assuntos da Copa, acompanhado do vice e depois-governador Orlando Pessuti. Não é justo que os erros, todos, recaiam sobre Beto Richa e Luciano Ducci. Para o colunista interessa o que envolve autoridades públicas. A vida interna do Atlético, erros e acertos, é assunto para os atleticanos decidirem. Será um erro grosseiro permitir que as dificuldades da vida íntima do clube contaminem o time de futebol neste momento de vital importância.

Maurício, Willy e a moeda

Um dos momentos épicos do futebol Sul foi vivido no distante setembro de 1960. Taça Brasil. Disputa acirrada e comovente entre Coritiba e Grêmio. Nada de televisão. Quem mandava era o rádio. Novato na profissão que abracei de forma obstinada e séria, acompanhei a epopeia ouvindo os meus queridos amigos Maurício Fruet e Willy Gonser pela Rádio Emissora Paranaense.

Saudade desse tempo e das emoções dos três jogos entre gaúchos e paranaenses. Só empates: 1 a 1 no Alto da Glória, 3 a 3 e outro 1 a 1 no Olímpico. Uma série de confrontos emocionantes. O Grêmio foi classificado por sorteio como mandava o regulamento: cara ou coroa. A moeda beneficiou o Grêmio. Lembrei de tudo ao assistir ao jogo Grêmio e Coritiba com um novo empate, 0 a 0 , pelo Brasileiro. O Olímpico vive suas horas derradeiras. Será demolido, guardará para a história feitos gloriosos. O Grêmio inaugura casa nova em dezembro com o timbre da audácia, com dinheiro próprio e muito orgulho.

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