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Fui eleitor de Beto Richa para prefeito (vice Luciano Ducci) e para o governo estadual (vice Flávio Arns). Por acreditar neles, nunca escondi minha decisão. Agora enfrento um dilema sério. O governador e o prefeito de Curitiba estão sendo cúmplices de uma notável imoralidade ao usarem dinheiro público em obra particular.

Os especialistas do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) escreveram e assinaram parecer elaborado de acordo com os princípios legais provando que potencial construtivo é receita pública e a liberação dos valores ao beneficiário só pode significar recurso público. Beto e Ducci pagaram com a derrota eleitoral por essa trágica cumplicidade. Perder uma eleição não desonra ninguém. Agredir a lei é crime.

Para reforçar minha tese, que sempre foi a mesma, o advogado e membro da CAP S/A José Cid Campêlo Filho coloca a verdade acima de interesses e proclama que o Atlético está usando dinheiro público. Operador do direito, filho de um jurista dos mais respeitados, Cid acusa operações imorais na contratação de serviços para as obras da Baixada.

Seria o favorecimento do filho e de um primo de Mario Celso Petraglia, atribuindo-lhes milhões de reais recebidos do poder público. A título de adiantamento, Petraglia já teria pago R$ 30 milhões.

Um dos asseclas de MCP com a maior desfaçatez disse a esta Gazeta do Povo (na edição de domingo) que o presidente do clube só homologa as decisões tomadas por outros dirigentes. Verdadeiro tributo à falta de verdade. Petraglia age como onipotente como no caso escabroso da exclusão de José Cid Campêlo Filho dos quadros diretivos do Atlético, apenas porque o advogado discordou do protecionismo ao filho e ao primo.

Aos desinformados

Sou e sempre fui contra a Copa do Mundo no Brasil. Jamais disse ser contra jogos da Copa na Baixada. Minha admiração pelo Atlético alcança tempos de glória. Fui, sou e serei contra o uso ilegal e imoral de receitas públicas em obra privada.

O Atlético tem o direito de fazer o que e como quiser na Baixada. Mas não pode exercer o imaginário direito de pressionar o governo e a prefeitura de Curitiba. A demolição da Arena é uma estratégia para chantagear o poder público e vitimizar o clube. Procedimento sem ética e zero de seriedade.

O TC-PR, guardião da boa aplicação do dinheiro público, deve tomar uma decisão nesta semana, aprovando, com certeza, o que disseram em parecer técnico seus advogados especialistas em obediência às leis vigentes no país. Que todos os envolvidos se inspirem nas punições históricas que estão sendo impostas pelo Supremo Tribunal Federal aos ladrões do dinheiro público. O Brasil está mudando. Vamos colocar um fim na impunidade também no Paraná.

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